Sede do Banco do Japão (BoJ) em Tóquio: banco central vai discutir também fim dos juros pagos sobre as reservas dos bancos (REUTERS/Kim Kyung-Hoon)
Da Redação
Publicado em 18 de janeiro de 2013 às 07h44.
Tóquio - O governo e o banco central do Japão concordaram em estabelecer uma nova meta de inflação de 2 por cento na próxima semana, quando a autoridade monetária vai avaliar também fazer um compromisso aberto para comprar ativos até que a meta esteja à vista, disseram à Reuters fontes familiarizadas com o pensamento do BC.
O banco central vai discutir também na reunião de segunda-feira e terça-feiras o fim dos juros pagos sobre as reservas dos bancos, medida que irá levar as taxas do mercado monetário a zero, de acordo com as fontes.
Sob intensa pressão do primeiro-ministro, Shinzo Abe, para fazer mais a fim de tirar o Japão da deflação, o banco central deve dobrar sua meta de inflação para 2 por cento e afrouxar a política de novo durante a revisão da política até terça-feira.
Embora a opção mais provável de medida seja elevar o programa de compra de ativos, as autoridades do BC vão debater outras ações, tais como compras de ativos ilimitadas, para corresponder às expectativas de mercado de estímulo monetário mais ousado.
Quaisquer novas iniciativas surpreenderiam os investidores, podendo colocar o iene sob pressão de venda e aumentando as cotações das ações japonesas, que atingiram os níveis mais altos em quase três meses na esperança de medidas mais ousadas.
O BC e o governo estão finalizando um comunicado conjunto que deve ser divulgado na próxima terça-feira estabelecendo uma inflação de 2 por conto como a meta de política do banco, disse à Reuters o vice-ministro de Economia, Yasutoshi Nishimura.
"O presidente (Masaaki) Shirakawa tem dito que a inflação de 1 por cento estaria em pouco tempo à vista, mas nós não chegamos a esse estágio ainda", disse Nishimura. "Se nós compartilhamos 2 por cento de inflação como um objetivo comum, esperamos que o BC faça algo muito agressivo." O comunicado não irá estabeleces um prazo específico para atingir a meta e deixa o banco central livre para escolher quais medidas tomar para alcançá-la, disse Nishimura.
Mas o governo irá analisar o progresso da autoridade monetária para alcançar a meta e deixa o banco central livre para decidir sobre quais medidas adotar para chegar a ela, disse Nishimura.