Masaaki Shirakawa: diretor mantém visão de que a economia vai retomar uma recuperação enquanto o crescimento no exterior gradualmente emerge de uma desaceleração (Yoshikazu Tsuno/AFP)
Da Redação
Publicado em 15 de janeiro de 2013 às 08h45.
Tóquio - O presidente do Banco do Japão (banco central do país), Masaaki Shirakawa, disse que a instituição vai manter a forte flexibilização monetária enquanto a economia se mantiver fraca, elevando expectativas de que expansão dos estímulos novamente este mês.
O primeiro-ministro Shinzo Abe manteve a pressão sobre o banco central, repetindo o apelo por um afrouxamento monetário mais ousado em conversas com assessores econômicos nesta terça-feira. A autoridade monetária reúne-se na próxima semana para definir sua política.
Shirakawa mantém visão do banco central de que a economia vai, eventualmente, retomar uma recuperação moderada enquanto o crescimento no exterior gradualmente emerge de uma desaceleração, ajudado em parte por uma resistência na demanda doméstica.
Mas ele alertou que a previsão mantém uma alta incerteza, apontando para os riscos como uma contínua desaceleração no crescimento do exterior e uma disputa diplomática com a China que prejudicou as vendas em um dos maiores mercados de exportação.
"As exportações e a produção industrial estão em queda enquanto o crescimento econômico continua lento", disse o presidente durante uma reunião trimestral de gerentes das filiais regionais do banco central nesta terça-feira.
O Banco do Japão está sob intensa pressão de Abe para agir contra a deflação.
O banco central, que afrouxou a política cinco vezes em 2012, considera expandir os estímulos novamente e dobrar sua meta de inflação para 2 por cento na revisão da taxa marcada para 21 e 22 de janeiro, disseram fontes à Reuters.
Expectativas de uma nova flexibilização enfraqueceram o iene e influenciaram o índice Nikkei, que atingiu uma máxima de 32 meses nesta terça-feira.
Mas o ministro da Economia, Akira Amari, alertou que um enfraquecimento excessivo do iene poderia ter suas desvantagens ao impulsionar os custos das importações.
"O iene em queda é bom para as exportações, mas uma fraqueza excessiva afeta os preços das importações e pode ter um efeito negativo sobre a vida das pessoas", disse Amari.