Chile: banco central apontou que tem observado um menor apetite por ativos considerados mais arriscados (Jorisvo/Thinkstock)
Estadão Conteúdo
Publicado em 13 de junho de 2018 às 20h30.
São Paulo - O Banco Central do Chile (BCCh) manteve a taxa básica de juros da economia inalterada em 2,5% ao ano em reunião de política monetária realizada nesta quarta-feira.
Em comunicado divulgado após a decisão, o BCCh comentou que as perspectivas de crescimento global não mostram grandes mudanças e sugerem uma expansão superior à do último triênio.
A autoridade monetária chilena destaca que, nos Estados Unidos, indicadores de preços, emprego e salários apontam para a existência de maiores pressões inflacionárias, ao contrário do que ocorre na Europa, onde a inflação parece mais contida. "Isso tem provocado que as expectativas do mercado adiantem um processo de normalização mais rápido dos juros nos EUA", disse o BCCh.
O banco central apontou, ainda, que tem observado um menor apetite por ativos considerados mais arriscados, o que tem depreciado as moedas de economias emergentes. "Em todo caso, as perspectivas de crescimento não variaram significativamente e a maioria dos dados de curto prazo não apresentou grandes alterações", afirmou o BCCh.
"A exceção é de alguns países da América Latina nos quais o ajuste das condições financeiras se somou a fatores idiossincráticos, dando margem à revisão em baixa das projeções de crescimento", disse a autoridade monetária chilena, ressaltando os casos da Argentina e do Brasil.
Sobre a economia chilena, o banco central do Chile comentou que os dados de atividade e demanda confirmam uma recuperação sustentada da economia e que a inflação continua em torno de 2% anuais.