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Da Redação
Publicado em 25 de abril de 2013 às 09h48.
São Paulo - A política monetária do país deve ser "especialmente vigilante" neste momento para minimizar os riscos de inflação, informou o Banco Central nesta quinta-feira por meio da ata do Comitê de Política Monetária (Copom), acrescentando também que todos os seus oito membros concordaram que havia necessidade de uma ação de política monetária.
"O Copom destaca que, em momentos como o atual, a política monetária deve se manter especialmente vigilante, de modo a minimizar riscos de que níveis elevados de inflação como o observado nos últimos doze meses persistam no horizonte relevante para a política monetária", trouxe a ata.
Na semana passada, o Copom deu início a mais um ciclo de aperto monetário, ao elevar a Selic em 0,25 ponto percentual, a 7,50 por cento ao ano, mas deixou claro que vai conduzi-lo com "cautela", termo que repetiu na ata desta quinta-feira.
A decisão, no entanto, não foi unânime, com dois dos oito membros optando pela manutenção da taxa básica de juros na mínima histórica de 7,25 por cento. A ata mostrou que eles defenderam que está havendo uma reavaliação do crescimento global e que, dependendo da sua intensidade e duração, pode auxiliar nos preços domésticos.
"Para esses membros do comitê, não seria recomendável uma ação imediata da política monetária, entretanto, essa visão não foi respaldada pela maioria do colegiado", trouxe a ata.
No mercado futuro de juros, os contratos de DIs rondavam a estabilidade nesta manhã, após a divulgação da ata. De modo geral, o mercado financeiro acredita que as futuras altas da Selic continuarão vindo em 0,25 ponto percentual.
A inflação tem permanecido em patamares elevados e chegou a estourar o teto da meta do governo, de 6,50 por cento no ano. Em março, o IPCA registrou 6,59 por cento em 12 meses e, em abril, o IPCA-15 --sua prévia-- mostrou alta de 0,51 por cento, acumulando em 12 meses 6,51 por cento.
Os preços dos alimentos têm sido um dos principais vilões da inflação, junto com serviços, levando o governo a adotar diversas medidas fiscais para amenizar a pressão. A última delas envolveu o setor de etanol.