Economia

BC destaca piora no resultado com despesas com juros

O déficit nominal de 5,01% em relação ao PIB em 12 meses até outubro é o pior desde dezembro de 2003, quando ficou em 5,24%


	BC: as despesa com juro em 12 meses em relação ao PIB, de 5,57%, é pior resultado desde março de 2012
 (REUTERS/Ueslei Marcelino)

BC: as despesa com juro em 12 meses em relação ao PIB, de 5,57%, é pior resultado desde março de 2012 (REUTERS/Ueslei Marcelino)

DR

Da Redação

Publicado em 28 de novembro de 2014 às 13h28.

Brasília - O chefe adjunto do Departamento Econômico do Banco Central, Fernando Rocha, disse nesta sexta-feira, 28, que o déficit nominal de 5,01% em relação ao Produto Interno Bruto (PIB) em 12 meses até outubro é o pior desde dezembro de 2003, quando ficou em 5,24%.

Quando questionado sobre se essa taxa poderia prejudicar a nota do Brasil junto a agências de rating, o técnico mostrou otimismo com o futuro da economia.

"Os fundamentos da economia brasileira - considerando, inclusive, o setor externo e as perspectivas para os próximos anos, incluindo medidas anunciadas ontem junto com nova equipe econômica - trabalham no sentido de melhorar a confiança dos agentes na economia brasileira e com trajetória mais sustentável para diversos indicadores, de forma que o Brasil deve seguir com qualificação de grau de investimento", afirmou.

Rocha também disse que as despesa com juro em 12 meses em relação ao PIB, de 5,57%, é pior resultado desde março de 2012, quando ficou em 5,63%.

Ainda segundo Rocha, depois de cinco meses de déficit primário, as contas públicas voltaram a registrar um superávit. Pelos dados do BC, o resultado ficou positivo em R$ 3,729 bilhões.

A despeito do número melhor quando comparado a outros meses, ele não foi suficiente para reverter a trajetória de redução do primário no acumulado de 12 meses.

Em agosto, essa economia para pagamento de juros estava em R$ 47,498 bilhões; em setembro, em R$ 31,055 bilhões; e em outubro recuou para R$ 28,595 bilhões.

Acompanhe tudo sobre:Banco Centraleconomia-brasileiraJurosMercado financeiro

Mais de Economia

BNDES vai repassar R$ 25 bilhões ao Tesouro para contribuir com meta fiscal

Eleição de Trump elevou custo financeiro para países emergentes, afirma Galípolo

Estímulo da China impulsiona consumo doméstico antes do 'choque tarifário' prometido por Trump

'Quanto mais demorar o ajuste fiscal, maior é o choque', diz Campos Neto