Economia

BC da Ucrânia não planeja intervir no mercado de câmbio

Segundo presidente da instituição, país não tem reservas de ouro e de moedas estrangeiras o suficiente para sustentar a grívnia


	Grívnia, a moeda ucraniana: até fevereiro, BC mantinha uma política de estabilização da moeda frente ao dólar
 (Vincent Mundy/Bloomberg)

Grívnia, a moeda ucraniana: até fevereiro, BC mantinha uma política de estabilização da moeda frente ao dólar (Vincent Mundy/Bloomberg)

DR

Da Redação

Publicado em 17 de abril de 2014 às 18h49.

Kiev - O Banco Central da Ucrânia não tem reservas de ouro e de moedas estrangeiras o suficiente para sustentar a grívnia, afirmou o presidente da instituição, Stepan Kubiv.

"Nós não planejamos nenhuma intervenção no mercado, nossas reservas em moeda estrangeira e ouro são suficientes para os padrões internacionais, mas não para sustentar a grívnia" disse Kubiv nesta quinta-feira, em sua página do Facebook.

Kubiv disse ainda que o Banco Central completará a auditoria de suas reservas até o dia 1º de maio. O banco notificou que, em meados de março, as reservas ficaram em torno de US$ 15 bilhões.

Até fevereiro, o Banco Central da Ucrânia mantinha uma política de estabilização da moeda nacional frente ao dólar, vendendo reservas quando a moeda norte-americana ficava muito acima de 8 grívnias. Ao adotar essa política, a autoridade monetária reduziu suas reservas para menos da metade desde o ano passado em meio aos protestos que causaram a deposição do presidente Viktor Yanukovich.

A estabilização foi abandonada quando a moeda local sofreu uma intensa desvalorização em resposta as grandes incertezas políticas. Com as reservas em ouro e em moedas estrangeiras nos baixos níveis atuais, o BC se abstêm de intervenções para sustentar o câmbio. A grívnia perdeu 36% de valor ante o dólar desde o início deste ano.

Kubiv espera que a moeda fique mais forte em duas ou três semanas, após o Fundo Monetário Internacional (FMI) aprovar um pacote de ajuda para a Ucrânia. O presidente afirmou que "a grívnia deve espelhar a inflação", prevista para ficar entre 12% e 14% este ano, e desacelerar para entre 3% e 5% em 2015. Fonte: Dow Jones Newswires.

Acompanhe tudo sobre:CâmbioMoedasPolítica cambialUcrânia

Mais de Economia

Eleição de Trump elevou custo financeiro para países emergentes, afirma Galípolo

Estímulo da China impulsiona consumo doméstico antes do 'choque tarifário' prometido por Trump

'Quanto mais demorar o ajuste fiscal, maior é o choque', diz Campos Neto

Manifestantes se reúnem na Avenida Paulista contra escala 6x1