Economia

BC conversa com quatro países da América Latina sobre Pix internacional, segundo Campos Neto

Presidente do BC defende a criação de um “bloco” de pagamento instantâneo

Roberto Campos Neto, presidente do Banco Central (Patricia Monteiro/Getty Images)

Roberto Campos Neto, presidente do Banco Central (Patricia Monteiro/Getty Images)

Agência o Globo
Agência o Globo

Agência de notícias

Publicado em 27 de fevereiro de 2023 às 12h41.

O presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, anunciou nesta segunda-feira, 27, que está articulando a internacionalização do Pix com Uruguai, Colômbia, Chile e Equador. A ideia é formar um "bloco" de pagamento instantâneo na América Latina, com infraestrutura nos moldes do PIX, segundo o chefe da autarquia monetária.

"Estamos olhando em como fazer o Pix internacional. Alguns países da América Latina já estão discutindo com a gente como eles vão adotar o PIX. Achamos que vai ter um Bloco. Você viaja entre os países e faz o pagamento automático. Assim, se resolve o problema do pagamento transfronteiriço. Estamos trabalhando com Uruguai, Colômbia e Equador. O Chile também nos procurou", disse em evento promovido pelo Instituto Brasileiro de Ensino, Desenvolvimento e Pesquisa (IDP), em Brasília.

Ainda segundo Campos Neto, as discussões sobre “moeda única” não seriam necessárias com a eventual estruturação de um modelo de pagamento instantâneo entre os países da América Latina.

"Acho que isso é uma forma de unificar o bloco, sem necessidade de falar em termos de moeda. Se a gente tem um pagamento instantâneo, já unificado, nós já fazemos o trabalho de pagamento transfronteiriço", afirmou.

Acompanhe tudo sobre:América do SulAmérica LatinaBanco CentralPIXRoberto Campos Neto

Mais de Economia

Presidente do Banco Central: fim da jornada 6x1 prejudica trabalhador e aumenta informalidade

Ministro do Trabalho defende fim da jornada 6x1 e diz que governo 'tem simpatia' pela proposta

Queda estrutural de juros depende de ‘choques positivos’ na política fiscal, afirma Campos Neto

Redução da jornada de trabalho para 4x3 pode custar R$ 115 bilhões ao ano à indústria, diz estudo