Economia

BC continuará seguindo regime de metas de inflação

Diretor de Política Econômica fez uma nova defesa do regime de metas de inflação e afirmou que o compromisso da instituição é com a estabilidade de preços


	Segundo Hamilton, após 13 anos de adoção e oito anos em que as metas foram cumpridas, o regime se consolidou e comprovou-se o que melhor se adapta à realidade brasileira
 (Divulgação/Banco Central)

Segundo Hamilton, após 13 anos de adoção e oito anos em que as metas foram cumpridas, o regime se consolidou e comprovou-se o que melhor se adapta à realidade brasileira (Divulgação/Banco Central)

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Da Redação

Publicado em 31 de outubro de 2012 às 11h06.

Porto Alegre - O diretor de Política Econômica do Banco Central, Carlos Hamilton Araújo, fez uma nova defesa do regime de metas de inflação e afirmou que o compromisso da instituição é com a estabilidade de preços e com a manutenção da inflação sob controle.

"Sem esse compromisso, as demais ações perderiam a eficácia. Sem esse compromisso, a sociedade brasileira não estaria tendo oportunidade de usufruir dos benefícios da abrangente expansão do crédito e da inclusão financeira dos últimos anos", afirmou, durante discurso no IV Fórum Banco Central de Inclusão Financeira.

Segundo Hamilton, após 13 anos de adoção e oito anos em que as metas foram cumpridas, o regime se consolidou e comprovou-se o que melhor se adapta à realidade brasileira. "Nos próximos anos, a política monetária continuará sendo conduzida com foco exclusivamente na estabilidade de preços, seguindo a abordagem do regime de metas de inflação", afirmou. Hamilton disse ainda que as perspectivas para o País serão de expansão sustentável do mercado de crédito.

Hamilton enfatizou que a autoridade monetária sempre atua visando a estabilidade de preços e que o IPCA deve ir na direção da meta de 4,5% no próximo ano. "Trabalhamos com o cenário de convergência de inflação, o relatório de inflação (de setembro) fala isso. No terceiro trimestre do ano que vem estará convergindo (para a meta)",apontou. "E as expectativas de mercado para 2013 estão recuando nas últimas semanas", comentou.

O documento citado mostra que a previsão do BC para o IPCA de julho a setembro do próximo ano chegará a 4,6%. Hamilton fez o comentário ao responder uma pergunta da Agência Estado se o BC espera que as expectativas de inflação apuradas pela Pesquisa Focus vão na direção das projeções do Banco Central para o IPCA no próximo trimestre.

Do IV Forum Banco Central de Inclusão Financeira que ocorre em Porto Alegre surgiu uma impressão de que há uma perspectiva benigna de recuo da inflação por parte do Banco Central nos próximos trimestres, mesmo com oscilações, o que deve estimular as expectativas de inflação a continuarem recuando e convergirem às projeções do BC para 2013.

Na pesquisa Focus, a mediana das estimativas de mercado para o IPCA alcança 5,4%, 0,5 ponto porcentual acima do que o BC espera para o índice em dezembro do ano que vem, quando chegará a 4,9%.

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