Economia

BC britânico permanece dividido sobre novo estímulo

Autoridades permaneceram divididas em relação a reiniciar o programa de compra de ativos, com sinais de que a economia está melhorando


	Sede do Banco da Inglaterra em Londres: presidente do BC, Mervyn King, foi derrotado ao pedir de novo mais 25 bilhões de libras em compras de ativos
 (Dan Istitene/Getty Images/Getty Images)

Sede do Banco da Inglaterra em Londres: presidente do BC, Mervyn King, foi derrotado ao pedir de novo mais 25 bilhões de libras em compras de ativos (Dan Istitene/Getty Images/Getty Images)

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Da Redação

Publicado em 22 de maio de 2013 às 08h24.

Londres - As principais autoridades do Banco da Inglaterra, banco central britânico, permaneceram divididas pelo quarto mês seguido em maio por 6 a 3 em relação a reiniciar o programa de compra de ativos, em meio a sinais de que a economia está melhorando.

Como esperado, o presidente do BC, Mervyn King, foi derrotado em sua penúltima reunião de política monetária antes de se aposentar, ao pedir de novo mais 25 bilhões de libras em compras de ativos.

Mas a maioria das outras autoridades no Comitê de Política Monetária mostrou preocupações de que os mercados podem criar dúvidas sobre o compromisso do banco em reduzir a inflação, assim como destacaram que as perspectivas de crescimento estão mais fortes do que há três meses.

"As notícias no mês têm sido em geral favoráveis", disse a ata da reunião. "Pela primeira vez desde o Relatório de Inflação de fevereiro de 2007, o Comitê revisou para cima suas projeções de produção ao longo dos próximos três anos, ao mesmo tempo em que revisou para baixo suas projeções para a inflação." Economistas consultados no início do mês pela Reuters viram uma chance de 55 por cento ou mais de mais compras de ativos pelo BC britânico em algum momento deste ano. A grande incerteza é se a política de King será mantida por seu sucessor, Mark Carney, que assume o cargo em 1 de julho.

Carney promoveu um compromisso de longo prazo com taxas de juros baixas quando chefiou o banco central do Canadá, e o ministro das Finanças britânico o incumbiu de avaliar a viabilidade dessa estratégia de comunicação na Grã-Bretanha.

A ata do BC destacou que o cenário de crescimento permanece fraco, e que uma piora na crise de dívida da zona do euro apresenta um "importante impedimento potencial" para a recuperação britânica.

O relatório de inflação de maio, divulgado na semana passada, mostrou que a inflação deve subir ligeiramente no curto prazo para pouco mais de 3 por cento, mas que voltará para a meta de 2 por cento em dois anos, um pouco mais cedo do que imaginado anteriormente.

O BC comprou 375 bilhões de libras em títulos governamentais britânicos com dinheiro recém-criado entre março de 2009 e outubro de 2012, mas desde então se focou mais em seu Esquema para Financiamento de Empréstimo, que busca impulsionar o empréstimo.

O Comitê votou por unanimidade em manter a taxa de juros na mínima recorde de 0,5 por cento, nível em que permanece desde março de 2009.

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