Economia

BC britânico destaca que não há pressa para elevar juros

Banco afirmou que a recuperação econômica britânica ainda está na fase inicial


	Banco Central britânico: banco destacou que a recuperação da crise financeira ainda está nos primeiros dias
 (Adrian Pingstone/Wikimedia Commons)

Banco Central britânico: banco destacou que a recuperação da crise financeira ainda está nos primeiros dias (Adrian Pingstone/Wikimedia Commons)

DR

Da Redação

Publicado em 14 de maio de 2014 às 10h14.

Londres - O banco central britânico mostrou resistência às expectativas de que possa elevar as taxas de juros em menos de um ano, afirmando nesta quarta-feira que a recuperação econômica britânica ainda está na fase inicial.

O BC reconheceu uma forte recuperação no mercado de trabalho desde o ano passado, reduzindo sua estimativa para o desemprego para os próximos dois anos.

Mas deixou inalterada suas hipóteses sobre o momento de uma alta da taxa de juros e suas projeções de crescimento e inflação.

"Conforme o tempo passou e a recuperação tem se sustentado, a economia tem ficado mais perto do ponto em que os juros precisarão subir gradualmente", disse o presidente do BC, Mark Carney.

Mas ele destacou que a recuperação da crise financeira ainda está nos primeiros dias. "Isso é uma façanha, mas não o objetivo final. O torneio real está apenas começando e seu o prêmio é uma expansão forte, sustentada e equilibrada." A economia britânica deve crescer cerca de 3 por cento neste ano, sendo provavelmente a melhor performance entre grandes países industrializados.

O BC afirmou que em três anos o desemprego pode chegar a 5,25-5,75 por cento sem criar pressão sobre os preços. E reiterou que quando chegar o momento os custos dos empréstimos subirão "apenas gradualmente e para um nível materialmente abaixo" da média pré-crise.

O banco central ainda projeta que a inflação estará em dois anos abaixo de sua meta de 2 por cento, supondo que os juros subam no segundo trimestre do próximo ano.

Acompanhe tudo sobre:InglaterraJurosPaíses ricosTaxas

Mais de Economia

BNDES vai repassar R$ 25 bilhões ao Tesouro para contribuir com meta fiscal

Eleição de Trump elevou custo financeiro para países emergentes, afirma Galípolo

Estímulo da China impulsiona consumo doméstico antes do 'choque tarifário' prometido por Trump

'Quanto mais demorar o ajuste fiscal, maior é o choque', diz Campos Neto