Economia

BC amplia para 6,5% queda nos investimentos em 2014

A previsão anterior era de queda de 2,4%


	BC: para a instituição, esse desempenho é "insatisfatório"
 (Ana Araujo/Veja)

BC: para a instituição, esse desempenho é "insatisfatório" (Ana Araujo/Veja)

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Da Redação

Publicado em 29 de setembro de 2014 às 11h23.

Brasília - O Banco Central acrescentou em seu Relatório Trimestral de Inflação (RTI) divulgado nesta segunda-feira, 29, uma avaliação sobre os motivos que levaram a queda da Formação Bruta de Capital Fixo (FBCF). Nas contas do BC, os investimentos no País devem fechar o ano com uma queda de 6,5% em 2014.

A previsão anterior era de queda de 2,4%. Para a instituição, esse desempenho é "insatisfatório" e essa piora se deve, segundo a autoridade monetária, a "baixa confiança de empresários e evidências de estreitamento das margens de lucro".

O BC manteve a avaliação sobre o impacto da política fiscal na demanda agregada de que estão sendo criadas as condições para que o balanço do setor público se desloque para a zona de "neutralidade" no horizonte relevante para a política monetária.

No relatório de inflação o BC repete também avaliação de que a geração de superávits primários compatíveis com as hipóteses de trabalho contempladas nas projeções de inflação contribuiria para criar uma percepção positiva sobre o ambiente macroeconômico no médio e no longo prazo. Para o BC, hoje não se faz necessária geração de superávits primários de ampla magnitude.

Confiança

Choques na confiança da indústria têm efeitos sobre inflação e atividade econômica. Já choques na confiança do consumidor não apresentariam efeitos tão diretos e significativos sobre essas variáveis.

Essa avaliação foi feita pela equipe de economistas do Banco Central, em boxe que acompanha o relatório. O BC lembra que Índices de confiança são medidas que visam refletir a percepção de determinados grupos de agentes sobre a situação presente e futura da economia

Esses indicadores, de acordo com a autarquia, estão cada vez mais importantes para a análise econômica e as evidências constatadas pela instituição sugerem existência de causalidade entre os indicadores investigados.

"Os resultados sugerem, com um nível de significância de 10%, a existência de antecedência circular entre os três índices de confiança", consideraram os técnicos da instituição.

Dólar

O dólar usado pelo BC no relatório é menor que a cotação observada hoje, de R$ 2,4730 (às 9h17). Isso indica que se o documento fosse fechado hoje, com essa taxa, as projeções para a inflação em 2014 e 2015 poderiam ser superiores às registradas no documento, o que também poderia elevar a chance de estouro do teto da meta, definido em 6,5%.

Em 5 de setembro, quando desenhou seu cenário, a autoridade monetária usou um câmbio de R$ 2,25. Hoje, a moeda norte-americana está 9,91% mais valorizada frente a essa taxa.

A cotação de hoje é também maior que a do dólar observada no dia em que o BC fechou o documento, de R$ 2,2430 - frente a essa cotação a alta da divisa é de 10,25%.

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