Economia

BC alerta que libra mais forte pode afetar recuperação

Apreciação de 2% na libra ante o mês anterior pode prejudicar as exportações da Grã-Bretanha


	Libra esterlina: a libra está perto da máxima em cinco anos frente a outras moedas
 (AFP)

Libra esterlina: a libra está perto da máxima em cinco anos frente a outras moedas (AFP)

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Da Redação

Publicado em 18 de dezembro de 2013 às 08h13.

Londres - A recuperação econômica da Grã-Bretanha pode estar em risco se a libra se fortalecer muito mais, informou o banco central britânico nesta quarta-feira, em sua primeira indicação significativa de preocupação acerca da recente alta da moeda britânica.

O Comitê de Política Monetária do banco central informou que a apreciação de 2 por cento na libra ante o mês anterior reflete uma perspectiva econômica mais forte, mas essa força mais intensa pode prejudicar as exportações da Grã-Bretanha.

"Qualquer maior apreciação substancial da libra irá oferecer riscos adicionais ao equilíbrio do crescimento da demanda e à recuperação", afirmou o comitê na ata de sua reunião de 4 e 5 de dezembro.

A libra está perto da máxima em cinco anos frente a outras moedas, e o banco central informou que para a recuperação econômica da Grã-Bretanha ser sustentável, será necessário depender mais do investimento empresarial e das exportações e menos da demanda do consumidor.

O comitê de nove membros foi unânime na votação para manter as taxas de juros em 0,5 por cento e as compras de ativos do banco central em 375 bilhões de libras.

As autoridades disseram que o fortalecimento da libra, e medidas do governo no início de dezembro para limitar o aumento das contas de energia elétrica das famílias, melhoraram a perspectiva de inflação.

A inflação pode alcançar a meta de 2 por cento pela primeira vez em mais de quatro anos no início de 2014, informou a ata, na medida em que os aumentos menos intensos nas contas de serviços públicos podem reduzir a inflação em 0,15 ponto percentual em comparação com as projeções anteriores.

A inflação ao consumidor estava em 2,2 por cento quando o comitê se reuniu e desde então desacelerou para 2,1 por cento.

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