Economia

BB pede ao Cade para oferecer mais produtos no Banco Postal

A expectativa é que, a partir de abril, novos produtos já possam ser oferecidos e que os pontos de atendimentos passem de 6.183 para 7.276


	Agência do Banco Postal: a ideia é passar a oferecer todos os tipos de aplicações financeiras e de crédito, como imobiliário e agrícola, seguros, previdência e capitalização 
 (Elza Fiuza/Agência Brasil)

Agência do Banco Postal: a ideia é passar a oferecer todos os tipos de aplicações financeiras e de crédito, como imobiliário e agrícola, seguros, previdência e capitalização  (Elza Fiuza/Agência Brasil)

DR

Da Redação

Publicado em 6 de março de 2014 às 14h16.

Brasília - O Banco do Brasil vai ampliar os produtos oferecidos nas agências do Banco Postal. Em comunicado ao mercado, o BB e Correios informaram que fizeram um Acordo de Condições Gerais de Associação e o submeteram para aprovação do Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade).

A expectativa do banco é que o acordo seja aprovado ainda este mês e, a partir de abril, os novos produtos já possam ser oferecidos. Além dos produtos, também serão ampliados os pontos de atendimento. Atualmente, o Banco Postal tem 6.183 postos e a expectativa é a ampliação em 1.093.

Segundo o vice-presidente de Negócios de Varejo do BB, Alexandre Abreu, atualmente, os produtos da instituição financeira oferecidos no Banco Postal são apenas conta-corrente, um tipo de crédito, poupança e cartão de crédito. A ideia é passar a oferecer todos os tipos de aplicações financeiras e de crédito, como o imobiliário e o agrícola, além de seguros, previdência e capitalização.

Mas, inicialmente, Abreu disse que os produtos serão oferecidos no Banco Postal, de acordo com o perfil dos clientes de cada localidade. “Por exemplo, em uma zona rural, vamos oferecer o Pronaf [Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar ]”, disse.

De acordo com Abreu, como o negócio envolve duas grandes empresas e a nova lei do Cade ampliou as atribuições do conselho, o BB e os Correios submeteram o acordo à aprovação. Esse acordo é “uma fase intermediária” para a criação da nova instituição financeira, formada com capital do BB e dos Correios. Cada uma dos participantes da nova instituição vão ter participação de 50%.

Para o vice-presidente econômico-financeiro dos Correios, Luís Mário Lepka, a atuação conjunta do banco e da empresa amplia o leque de serviços oferecidos e a renda conquistada com a parceria. “Acrescenta valor aos Correios”, disse.

A vice-presidenta de Negócios dos Correios, Morgana Cristina Santos, argumenta que a parceria também “traz valor para a sociedade” porque irá atender à nova classe média, formada por pessoas quem nem sempre se sentem à vontade para entrar em uma agência bancária formal.

“Muitas vezes, esses clientes não se relacionam de forma satisfatória com as instituições financeiras tradicionais. O ambiente [do novo Banco Postal] será mais flexível e vai atender todas as necessidades financeiras da população”, disse Morgana.

Atualmente, a parceria entre o BB e os Correios é regida por regulamentação específica de correspondente bancário, o que restringe a ampliação dos negócios. O banco e os Correios esperam concluir o Plano de Negócios para a criação da nova instituição financeira ainda neste semestre.

Quando os estudos forem concluídos, a proposta será enviada para aprovação do Banco Central e, novamente, ao Cade. Abreu estima que até o final do ano, a criação da nova instituição financeira seja aprovada e já comece a operar em 2015.

O Banco do Brasil assumiu o Banco Postal em janeiro de 2012 ao ganhar a licitação, tomando o lugar do Bradesco. E no ano passado, BB e Correios informaram que estudam criar nova instituição financeira.

Acompanhe tudo sobre:acordos-empresariaisBanco PostalBancosBB – Banco do BrasilCadeCorreiosEmpresasEmpresas abertasEmpresas brasileirasEmpresas estataisEstatais brasileirasServiços

Mais de Economia

Manifestantes se reúnem na Avenida Paulista contra escala 6x1

Presidente do Banco Central: fim da jornada 6x1 prejudica trabalhador e aumenta informalidade

Ministro do Trabalho defende fim da jornada 6x1 e diz que governo 'tem simpatia' pela proposta

Queda estrutural de juros depende de ‘choques positivos’ na política fiscal, afirma Campos Neto