Nelson Barbosa: segundo ele, a meta é antecipar a perspectiva de recuperação no quarto trimestre feita pelo mercado financeiro (José Cruz/ABr)
Da Redação
Publicado em 17 de março de 2015 às 15h31.
Brasília - A convergência da inflação para próximo do teto da meta de 6,5% é esperada pelo governo para o terceiro trimestre deste ano, segundo afirmou nesta terça-feira, 17, o ministro do Planejamento, Nelson Barbosa, durante audiência na Comissão de Assuntos Econômicos (CAE) do Senado.
Segundo ele, a meta é antecipar a perspectiva de recuperação no quarto trimestre feita pelo mercado financeiro. "O que estamos trabalhando é para antecipar para o terceiro trimestre", disse.
O ministro disse ainda que a economia "vai se recuperando", mas que "cabe ao governo regular a recuperação" para promover um quadro mais positivo em meio a uma "recuperação de alguns setores que ainda não é macroeconomicamente suficiente" para uma retomada estruturada.
PAC
Barbosa rebateu crítica do senador Tasso Jereissati (PSDB-CE) de que ninguém acredita mais no Programa de Aceleração do Crescimento (PAC).
"Nos últimos quatro anos as concessões foram para o Programa de Investimentos em Logística (PIL) e agora a ideia é consolidar tudo. Como tem várias coisas em andamento, tem de ser definido se serão colocados ou não (novos projetos), o nosso objetivo agora é operar sobre iniciativas pontuais", disse.
O ministro afirmou que o governo tem "os pés no chão" e vai buscar colocar "coisas factíveis que possam ser realizadas" no PAC 3, especialmente em logística.
"Queremos colocar novos projetos em consulta ao setor privado para ver se tem como ser feito como concessões (novos projetos). Se um ou outro não puder ser feito via concessão, vamos fazer via orçamento público", afirmou. "Temos de prometer o que é factível e trabalhar dia e noite para que possa acontecer", observou.
Barbosa disse também que o governo está num "processo constante de revisão" e que "reconhece os erros e excessos".
Ele colocou o Fundo de Financiamento de Estudantil (Fies) nessa lista de revisões, afirmando que se tornou um projeto de massa assim como o PAC e o Minha Casa, Minha Vida. "O Fies está sendo reavaliado, mas continua com aperfeiçoamento", disse.