Acesso: no caso dos bancos privados há uma seletividade maior na oferta de crédito (Afonso Lima/iStockphoto)
Da Redação
Publicado em 29 de julho de 2014 às 20h11.
Brasília - Apesar dos apelos do governo em sentido contrário, os bancos privados praticamente travaram a oferta de crédito no país. Em junho, eles ampliaram os saldos das operações em 0,3% entre os nacionais e em 0,2% entre os estrangeiros.
Os públicos, em contraponto, tentaram ocupar o espaço deixado por eles no mercado e avançaram mais, 1,5% no período.
Os dados, divulgados nesta terça-feira, 29, pelo Banco Central mostram que o segmento privado, em conjunto com os financiamentos para veículos, foram os responsáveis pelo período de "moderação" no crédito identificado pelo Departamento Econômico do BC.
Segundo especialistas, além de uma menor demanda por financiamentos, no caso dos bancos privados há uma seletividade maior na oferta. Incertezas em relação à inadimplência, ao crescimento do País e ao mercado de trabalho deixaram as instituições mais cautelosas.
A preocupação, no entanto, deu resultado. Os bancos privados puxaram o recuo da inadimplência registrado entre maio e junho.
Enquanto os públicos ficaram com o nível de calote estagnado, os privados nacionais reduziram a fatura de atrasados de 4,3% para 4,2%; os estrangeiros diminuíram de 4,2% para 4,0%.