Economia

Bancos empregam mais, mas sindicatos reclamam de rotatividade

Cerca de 65% das admissões do primeiro trimestre se concentraram na faixa entre 2 e 3 salários mínimos, enquanto os desligamentos se fixaram acima de 4 salários mínimos

Segundo pesquisa, as novas vagas do setor representam apenas 1,3% dos 525,5 mil postos de trabalho criados por toda a economia brasileira no primeiro trimestre (Alexandre Battibugli)

Segundo pesquisa, as novas vagas do setor representam apenas 1,3% dos 525,5 mil postos de trabalho criados por toda a economia brasileira no primeiro trimestre (Alexandre Battibugli)

DR

Da Redação

Publicado em 25 de julho de 2011 às 14h49.

Brasília - Os bancos de todo o país ampliaram em 6.851 o número de empregos no setor financeiro no primeiro trimestre de 2011, como resultado de 15.798 contratações e 8.947 desligamentos. Isso significa um leve crescimento de 1,42% em relação ao total de postos em 2010. Os dados são da 9ª Pesquisa de Emprego Bancário (PEB), feita pela Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf) em parceria com o Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese), com base nos dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) do Ministério do Trabalho e Emprego.

Segundo a pesquisa, as novas vagas representam apenas 1,3% dos 525,5 mil postos de trabalho criados por toda a economia brasileira nos primeiros três meses deste ano.

De acordo com a avaliação da Contraf, a elevada rotatitidade de mão de obra "segue diminuindo o peso dos salários na folha de pagamento dos bancos”. A remuneração média dos admitidos no primeiro trimestre do ano foi R$ 2.330,25, enquanto a dos desligados, R$ 4.086,32. Assim, a diferença de 42,97% representa uma elevação de cinco pontos percentuais em relação ao resultado de 2010, quando essa diferença foi 37,57%.

Aproximadamente 65% das admissões ocorridas no primeiro trimestre foram concentradas na faixa entre 2 e 3 salários mínimos, mais do que em 2010, quando essa faixa de remuneração significava 57,05% das contratações. Já os desligamentos ficaram concentrados nas faixas superiores a 4 salários mínimos, abarcando 75,44% dos desligamentos.

“A grande diferença salarial entre admitidos e demitidos, apontada pela pesquisa, é justificada, em parte, pelo perfil de contratados dos bancos, concentrado em pessoas jovens, com menor escolaridade, para trabalhar, principalmente, nos cargos iniciais da carreira bancária”, analisou a Contraf. Dos postos gerados, 72,84% (11,5 mil) foram ocupados por pessoas com menos de 30 anos de idade.

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