Economia

Banco Mundial vê expansão de 3% do PIB brasileiro em 2021, mas faz alerta

Relatório do Banco Mundial melhorou as projeções do PIB brasileiro para 2021, mas fez alerta sobre fim de estímulos monetário e fiscal

Economia brasileira: Prévia do PIB, mostrou recuo de 0,68% entre janeiro a março de 2019.  Foto: Ingo Roesler / Getty Images (Ingo Roesler/Getty Images)

Economia brasileira: Prévia do PIB, mostrou recuo de 0,68% entre janeiro a março de 2019. Foto: Ingo Roesler / Getty Images (Ingo Roesler/Getty Images)

R

Reuters

Publicado em 5 de janeiro de 2021 às 16h44.

Última atualização em 5 de janeiro de 2021 às 17h54.

O Banco Mundial melhorou as projeções para a economia brasileira para 2021, vendo continuação da recuperação no consumo privado e investimentos, mas alertou que ao longo deste ano o ímpeto da atividade pode perder força à medida que forem retirados estímulos monetário e fiscal.

O Banco Mundial prevê que o produto interno bruto (PIB) do Brasil crescerá 3,0% em 2021, 0,8 ponto percentual acima do prognóstico divulgado em junho.

A expansão da economia neste ano ocorrerá após contração de 4,5% em 2020, número 3,5 pontos percentuais melhor do que a estimativa passada.

Para 2022, a expectativa do Banco Mundial é que a atividade econômica registre aumento de 2,5%.

Dentre as 27 nações da América Latina e Caribe listadas pelo Banco Mundial em seu relatório Perspectivas Econômicas Globais, o Brasil deverá mostrar apenas a 20ª maior taxa de crescimento tanto para 2021 quanto 2022. Já em 2020 o país deverá ficar entre as menores quedas do PIB, superado apenas por Uruguai (-4,3%), Haiti (-3,8%), Guatemala (-3,5%), Paraguai (-1,1%) e Guiana (+23,2%).

"No Brasil, a recuperação do consumo privado e do investimento no segundo semestre de 2020 deve prosseguir no início de 2021, apoiada por melhora da confiança e por condições benignas de crédito, levando o crescimento para 3% em 2021", disse o Banco Mundial no relatório.

Mas o organismo calcula que a retomada será "desigual" entre os setores, com indústria e agricultura se expandindo mais rapidamente do que o setor de serviços, conforme um persistente receio entre consumidores afeta viagens, turismo e restaurantes, em particular.

"Espera-se que o ímpeto [da recuperação] diminua à medida que o ano transcorrer, em parte devido à retirada de estímulos monetário e fiscal, reduzindo o crescimento para 2,5% em 2022."

No mesmo relatório, o Banco Mundial projetou que a economia global deverá crescer 4% em 2021, depois de encolher 4,3% em 2020. Mas o organismo alertou que o aumento das infecções por covid-19 e os atrasos na distribuição das vacinas podem limitar a recuperação para apenas 1,6% neste ano.

Acompanhe tudo sobre:Ajuste fiscalBanco Mundialeconomia-brasileiraPIBPIB do Brasil

Mais de Economia

Haddad diz que consignado privado pelo eSocial terá juro "menos da metade" do que se paga hoje

Desafio não vai ser isentar, vai ser compensar com quem não paga, diz Haddad, sobre isenção de IR

Dino intima governo a explicar se emendas Pix para eventos cumprem regras de transparência

Governo deverá bloquear R$ 18,6 bilhões no Orçamento de 2025 para cumprir regras fiscais, diz Senado