Tóquio, no Japão: Banco Mundial informou, entretanto, que a ampla expansão monetária do Banco do Japão deve fornecer estímulo para os países em desenvolvimento (Wikimedia Commons)
Da Redação
Publicado em 15 de abril de 2013 às 11h43.
Cingapura - O Banco Mundial reduziu ligeiramente nesta segunda-feira suas previsões de crescimento em 2013 para o leste asiático e alertou sobre possível sobrecarga nas maiores economias da região, mas informou que a ampla expansão monetária do Banco do Japão, banco central do país, deve fornecer estímulo para os países em desenvolvimento.
O esforço do Japão para estimular sua economia através do afrouxamento monetário deve ser bom para as economia asiáticas em desenvolvimento, como a Tailândia e as Filipinas, que produzem componentes para os exportadores japoneses, informou o Banco Mundial.
Em 4 de abril deste ano, o BC japonês chocou os mercados ao revelar sua política monetária que injetará cerca de 1,4 trilhão de dólares na economia durante dois anos para quebrar o ciclo deflacionário e acabar com duas décadas de estagnação. O afrouxamento sem precedentes forneceu estímulo novo para a baixa do iene, após o dólar ter atingido uma máxima de quatro anos de 99,95 ienes na quinta-feira.
O Banco Mundial, em seu relatório mais recente sobre o leste asiático e o Pacífico, reduziu sua projeção de crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) da China em 0,1 ponto percentual, para 8,3 por cento para 2013, citando os esforços chineses em curso para restruturar a economia.
A revisão foi feita antes de a China informar nesta sexta-feira crescimento anual mais lento do que o esperado, de 7,7 por cento no primeiro trimestre, que foi abaixo da previsão do Banco Mundial, disse o economista-chefe do banco para o leste asiático e o Pacífico da entidade, Bert Hofman.
Em geral, o Banco Mundial espera que o leste asiático cresça 7,8 por cento neste ano, abaixo da estimativa de dezembro de 7,9 por cento, porém de maneira mais veloz do que os 7,5 por cento do ano passado.