A China e outras nações asiáticas podem ser especialmente afetadas pela queda mundial das exportações prevista pelo Banco Mundial (Feng Li/Getty Images)
Da Redação
Publicado em 18 de janeiro de 2012 às 05h10.
Pequim - O Produto Interno Bruto (PIB) da China crescerá 8,4% em 2012, predisse nesta quarta-feira um relatório do Banco Mundial (BM), um dia depois de a segunda maior economia do planeta ter anunciado alta de 9,2% em 2011.
A desaceleração da economia chinesa acontecerá em parte devido às pobres perspectivas econômicas em parceiros comerciais como Europa e América do Norte, o que afetará as exportações do país, mas também às medidas do Governo chinês para frear o superaquecimento em setores como o imobiliário, analisou o BM.
Segundo o relatório, publicado em Washington, Pequim e outras cidades do mundo, o crescimento da China, assim como o de outras nações da região Ásia-Pacífico, sofrerá uma desaceleração, mas 'seguirá robusto devido à forte demanda interna, além de ter um espaço amplo para intervenções fiscais, flexibilidade nas mudanças de taxas de juros e significativos níveis de reservas de divisas'.
No entanto, 'os países em desenvolvimento devem avaliar suas fragilidades e preparar-se para futuros 'choques' enquanto há tempo', advertiu em Pequim o vice-presidente e principal economista do BM, Justin Yifu Lin.
Por sua parte, o diretor de perspectivas de desenvolvimento da entidade, Hans Trimmer, aconselhou as nações em desenvolvimento a 'darem prioridade às despesas com redes de seguridade social e infraestrutura e a submeterem os bancos a 'testes de estresse''.
A China e outras nações asiáticas podem ser especialmente afetadas pela queda mundial das exportações prevista pelo Banco Mundial, que espera que estas vendas ao exterior em todo o planeta cresçam apenas 4,7% em 2012, contra os 6,6% de 2011 e os 12,4% de 2010.
Para toda a região da Ásia-Pacífico, o Banco Mundial prevê avanço de 7,8% em 2012 e em 2013, quatro décimos abaixo do índice de 2011.