Banco Mundial: o BM espera que neste ano a América Latina e o Caribe saia da recessão (foto/Wikimedia Commons)
EFE
Publicado em 5 de junho de 2017 às 17h00.
Washington - O Banco Mundial (BM) espera que a economia global cresça 2,7% em 2017, três décimos a mais que em 2016, graças ao aumento do preço das matérias-primas nos emergentes e à melhora do comércio em economias avançadas.
Em seu relatório "Perspectivas econômicas mundiais", o BM estima que o aumento do comércio levará o Produto Interno Bruto (PIB) das economias avançadas a aumentar 1,9% este ano, enquanto as economias emergentes crescerão 4,1% devido ao aumento dos preços das matérias-primas.
A melhora dos preços das matérias-primas contribuirá para um maior crescimento das economias emergentes dos 3,5% de 2016 neste ano e até 2019, quando o aumento do PIB poderia chegar a 4,9%, segundo as previsões do BM.
"Após uma desaceleração prolongada, o recente incremento na atividade de alguns dos mercados emergentes mais importantes é uma mudança muito bem-vinda para o crescimento das suas respectivas regiões e para a economia mundial", afirmou Ayhan Kose, diretor do Grupo de Análise das Perspectivas de Desenvolvimento do BM.
"Durante muito tempo, vimos como os baixos níveis de crescimento impediam o avanço na luta contra a pobreza, motivo pelo qual é encorajador observar indícios que a economia mundial está adquirindo solidez", declarou Jim Yong Kim, presidente do organismo, em um comunicado.
No entanto, o relatório alerta que "a debilidade persistente da produtividade e do aumento dos investimentos poderia deteriorar as perspectivas de crescimento no longo prazo nos mercados emergentes e nas economias em desenvolvimento, fundamentais para reduzir a pobreza".
O BM espera que neste ano a América Latina e o Caribe saia da recessão com um crescimento de 0,8%, à medida que o Brasil e a Argentina se afastam da contração econômica.
A região seguirá consolidando o seu avanço até 2019 com crescimentos próximos a 2%.
O dado de crescimento global oferecido hoje pelo BM, de 2,7%, é menor ao 3,5% antecipado pelo Fundo Monetário Internacional (FMI) na sua reunião de primavera no último mês de abril.