Economia

Banco Mundial aprova pacote de US$5,3 bi para a Argentina

Nova ajuda estratégica tem o objetivo de incrementar a renda das famílias mais pobres do país


	Presidente da Argentina, Cristina Kirchner, ao lado do ministro da Economia, Axel Kicilof, em 20 de agosto de 2014
 (Juan Mabromata/AFP)

Presidente da Argentina, Cristina Kirchner, ao lado do ministro da Economia, Axel Kicilof, em 20 de agosto de 2014 (Juan Mabromata/AFP)

DR

Da Redação

Publicado em 9 de setembro de 2014 às 22h27.

Washington - O Banco Mundial anunciou nesta terça-feira uma nova ajuda estratégica para a Argentina no valor de 5,3 bilhões de dólares nos próximos três anos com o objetivo de incrementar a renda das famílias mais pobres do país.

De acordo com o Banco Mundial, o pacote que será implementado entre 2015 e 2018, financiará projetos selecionados por suas contribuições para a redução da pobreza e para a distribuição de renda no país.

Os objetivos incluem a valorização da produção agrícola de aproximadamente 80.000 pequenas e médias propriedades rurais e a expansão da cobertura do sistema de saúde de 28% para 50%.

O dinheiro virá da principal unidade de financiamento para o desenvolvimento do Banco Mundial, o Banco Internacional para Reconstrução e Desenvolvimento (Bird), e pelo seu braço no setor privado, a Corporação Financeira Internacional (CFI).

O Bird contribuirá com 1,2 bilhão de dólares por ano, enquanto a CFI investirá 1,7 bilhão nos três anos.

Os diretores-executivos do Banco Mundial "apoiaram amplamente" a estratégia anunciada nesta terça-feira, mas cada projeto deverá ter uma aprovação específica.

O anúncio acontece em um momento em que a economia argentina enfrenta dificuldades, como inflação alta e fuga acelerada de capitais, em parte devido à moratória parcial declarada por agências de classificação de risco em julho.

"O Banco Mundial vai ajudar a Argentina a ajudar as pessoas mais vulneráveis da sociedade, especialmente aqueles que vivem nas áreas mais pobres do país", disse Jesko Hentschel, diretor da instituição para a Argentina.

O ministro das Finanças da Argentina, Axel Kicillof, saudou a iniciativa, com foco na criação de empregos e de infraestrutura para o desenvolvimento.

"Nos últimos dez anos, a Argentina passou por um processo histórico baseado no emprego e na produção", afirmou em comunicado.

"Estamos convencidos de que a crescente revitalização da indústria é o único caminho para a Argentina alcançar o crescimento sustentável e socialmente inclusivo", acrescentou.

Acompanhe tudo sobre:América LatinaArgentinaBanco MundialPobreza

Mais de Economia

Estímulo da China impulsiona consumo doméstico antes do 'choque tarifário' prometido por Trump

'Quanto mais demorar o ajuste fiscal, maior é o choque', diz Campos Neto

Manifestantes se reúnem na Avenida Paulista contra escala 6x1

Presidente do Banco Central: fim da jornada 6x1 prejudica trabalhador e aumenta informalidade