Economia

Banco do Japão manterá medidas de flexibilização monetária

Desde a posse do primeiro-ministro Shinzo Abe, uma das premissas do Executivo foi a de pactuar com o emissor um aumento da meta inflacionária até 2%


	Masaaki Shirakawa: "O Banco do Japão manterá de maneira contínua uma flexibilização agressiva", afirmou o diretor do Banco Central do Japão
 (Yoshikazu Tsuno/AFP)

Masaaki Shirakawa: "O Banco do Japão manterá de maneira contínua uma flexibilização agressiva", afirmou o diretor do Banco Central do Japão (Yoshikazu Tsuno/AFP)

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Da Redação

Publicado em 15 de janeiro de 2013 às 05h24.

Tóquio - O governador do Banco do Japão (BOJ), Masaaki Shirakawa, afirmou nesta terça-feira que o emissor manterá fortes medidas de flexibilização monetária para impulsionar a economia do país, afetada pela queda das exportações e da produção industrial.

"O Banco do Japão manterá de maneira contínua uma flexibilização agressiva através da combinação de taxas de juros virtualmente em zero e do aumento constante do seu programa de compra de ativos", detalhou Shirakawa em declarações dadas ao diário "Nikkei".

Durante a reunião trimestral com os gerentes do banco central japonês, Shirakawa alertou sobre o "alto grau" de incerteza da economia doméstica, que sofre ainda os efeitos negativos da crise de dívida na zona do euro e da recente tensão com a China.

Shirakawa destacou que o organismo "reconhece que é muito importante para a economia superar a deflação o mais rapidamente possível e retomar o caminho do crescimento sustentável com a estabilidade dos preços".

Desde a posse do novo Governo, sob a liderança do primeiro-ministro Shinzo Abe, uma das premissas do Executivo foi a de pactuar com o emissor um aumento da meta inflacionária até 2%.

Apesar das dificuldades, o governador do BOJ, cujo mandato expira em abril, espera que o Japão volte ao caminho da recuperação econômica moderada sempre que a demanda se mantiver sólida e as economias globais saírem da fase de desaceleração.

Espera-se que na próxima reunião da junta do BOJ, prevista para os dias 21 e 22 de janeiro, o emissor mantenha sua política de estímulo, e não se descarta que anuncie um acordo a médio e longo prazo sobre os objetivos econômicos comuns com o Executivo. 

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