Economia

Banco do Japão mantém política, mas reduz previsão de inflação

Além disso, o BC do Japão reiterou que continuará adquirindo JGBs num ritmo anual de 80 trilhões de ienes

Banco do Japão: projeção do PIB para este ano subiu para 1,6% (Arquivo/AFP)

Banco do Japão: projeção do PIB para este ano subiu para 1,6% (Arquivo/AFP)

EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 27 de abril de 2017 às 08h33.

Tóquio - O Banco do Japão (BoJ, na sigla em inglês) decidiu hoje manter sua política monetária inalterada, após reunião de dois dias, uma vez que a inflação tem se mantido abaixo do previsto.

O BC japonês, no entanto, reduziu sua projeção de inflação para o atual ano fiscal e se mostrou mais otimista em relação ao crescimento da economia.

Por sete votos a dois, os dirigentes do BoJ decidiram manter a meta para o juro do bônus do governo japonês (JGB) de 10 anos em zero e a taxa para certos depósitos bancários em -0,1%.

Além disso, o BC do Japão reiterou que continuará adquirindo JGBs num ritmo anual de 80 trilhões de ienes.

Nos últimos meses, autoridades do BoJ vêm enfatizando que a inflação do país permanece fraca, em contraste com a economia, que dá sinais de maior firmeza.

Em relatório trimestral, porém, o BoJ reduziu sua projeção de inflação para o ano que se encerra em março do ano que vem, de 1,5% para 1,4%. Para o ano fiscal seguinte, a previsão continua sendo de 1,7%. A meta de inflação do BC japonês é de 2%.

No mesmo documento, o BoJ elevou suas projeções de crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) japonês para o atual ano fiscal e também para o próximo, para 1,6% e 1,3%, respectivamente.

Em coletiva de imprensa que se seguiu à decisão, o presidente do BoJ, Haruhiko Kuroda, disse que a inflação mantém o "ímpeto" em direção ao objetivo de 2% e, quando isso acontecer, a instituição poderá começar a iniciar um debate sobre como reverter as agressivas medidas de estímulo monetário que vem implementando nos últimos anos.

Segundo Kuroda, tornar pública agora uma discussão detalhada sobre o processo de reversão dos estímulos só causaria confusão nos mercados financeiros.

Kuroda afirmou também que não há sinais claros de aumentos nas expectativas de inflação.

Fonte: Dow Jones Newswires.

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