Economia

Banco do Japão adota política de taxa de juros negativa

Com essa iniciativa, o BoJ espera reduzir os custos de empréstimos no decorrer de um longo período, de forma a estimular a inflação


	Banco Central do Japão: com essa iniciativa, o BoJ espera reduzir os custos de empréstimos no decorrer de um longo período, de forma a estimular a inflação
 (Bloomberg)

Banco Central do Japão: com essa iniciativa, o BoJ espera reduzir os custos de empréstimos no decorrer de um longo período, de forma a estimular a inflação (Bloomberg)

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Da Redação

Publicado em 29 de janeiro de 2016 às 06h44.

Tóquio - O Banco do Japão (BoJ, na sigla em inglês) decidiu ampliar sua agressiva estratégia de estímulos ao adotar uma inesperada e inédita política de taxa de juros negativa, após reunião de política monetária de dois dias encerrada nesta sexta-feira.

O BoJ cortou a taxa de juro que paga sobre recursos financeiros que bancos comerciais deixam depositados no BC japonês, além dos compulsórios exigidos, para -0,1%, de 0,1% anteriormente.

Com essa iniciativa, o BoJ espera reduzir os custos de empréstimos no decorrer de um longo período, de forma a estimular a inflação.

"Para evitar a manifestação de risco (de baixa) e manter o ímpeto para atingir a meta de estabilidade de preços de 2%, o banco decidiu introduzir", a política de taxa de juros negativa, afirmou o BoJ em comunicado.

O BoJ alertou também que, se necessário, poderá reduzir ainda mais a taxa. Em votação, cinco dirigentes do BoJ foram a favor da novidade e quatro se opuseram.

A medida vem num momento em que a inflação baixa e a turbulência recente nos mercados financeiros globais ameaçam o plano de recuperação econômica do primeiro-ministro japonês, Shinzo Abe.

Por outro lado, o BoJ manteve inalterado o volume anual de seu programa de compras de ativos em 80 trilhões de ienes (US$ 673 bilhões). Neste caso, a decisão foi por 8 votos a 1.

Em relatório trimestral sobre crescimento e preços, o BoJ também adiou em meio ano sua previsão de cumprimento da meta de inflação de 2%, para o primeiro semestre do ano fiscal que terá início em abril de 2017.

A mudança na previsão, a terceira em menos de um ano, foi atribuída à queda nos preços de energia. 

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