A próxima janela de oportunidades para abrir capital deve aparecer após a volta das férias do Hemisfério Norte, afirma Mauricio Maurano, vice-presidente do BB (ALAN MARQUES)
Da Redação
Publicado em 13 de agosto de 2015 às 14h39.
São Paulo - O atual cenário da economia brasileira pode gerar algumas dificuldades para as empresas que estão na fila para abrir capital, mas a próxima janela de oportunidades deve aparecer após a volta das férias do Hemisfério Norte, na avaliação de Mauricio Maurano, vice-presidente de Atacado, Negócios Internacionais e Private Bank do Banco do Brasil. "Algo pode ocorrer, mas a janela vai abrir, pelo menos para os IPOs já anunciados. Há liquidez e interesse dos investidores", disse ele, em entrevista, na manhã desta quinta-feira, 13.
Sem citá-los, o executivo se referiu às aberturas de capital do ressegurador IRB Brasil Re, da Caixa Seguridade e também da BR Distribuidora. De acordo com ele, as conversas estão acontecendo, mas ainda faltam ser definidos alguns pontos em relação aos IPOs que o BB está envolvido.
O banco é líder da oferta inicial de ações da Caixa Seguridade, braço de seguros da Caixa Econômica Federal, do IRB Brasil Re e também vai coordenar a abertura de capital da BR Distribuidora. Sobre a JBS que desistiu de fazer o IPO da subsidiária JBS Foods, ele lembrou que as questões foram outras e que pesou não só o preço bem como o caixa da empresa.
Questionado sobre se a mudança na perspectiva do rating do País e a ameaça da perda do grau de investimento poderiam impactar os IPOs e adiá-los, Maurano disse que não vê reflexo uma vez que os players têm desempenho positivo e podem atrair investidores. "Não vejo problema para os IPOs saírem. O apetite é grande", afirmou ele, sem citar nomes.
Além dos IPOs, o segundo semestre também deve contar, de acordo com o executivo, com operações "interessantes" de fusões e aquisições (M&A, na sigla em inglês). "As receitas de banco de investimento tendem a ser melhores no segundo semestre", avaliou o executivo.