Economia

Banco Central decreta fim da liquidação do Banco Bamerindus

Após 16 anos, o Banco Central decretou o fim da liquidação extrajudicial do Banco Bamerindus


	Bamerindus: uma das maiores instituições financeiras até 2009, o Bamerindus entrou em liquidação extrajudicial em 1998
 (NaniGois/Veja)

Bamerindus: uma das maiores instituições financeiras até 2009, o Bamerindus entrou em liquidação extrajudicial em 1998 (NaniGois/Veja)

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Da Redação

Publicado em 19 de dezembro de 2014 às 19h23.

Brasília - Após 16 anos, o Banco Central (BC) decretou o fim da liquidação extrajudicial do Banco Bamerindus. A decisão foi divulgada há pouco pelo órgão.

O banco de investimentos BTG Pactual havia comprado o que sobrou do banco em 2013, mas o negócio dependia do fim da liquidação extrajudicial para ser concluído.

Uma das maiores instituições financeiras do país até 2009, o Bamerindus entrou em liquidação extrajudicial em 1998. Na época, o banco tinha patrimônio líquido negativo de R$ 4,2 bilhões.

O patrimônio líquido é o que sobra de uma empresa após o pagamento de todas as dívidas e o cumprimento de todas as obrigações.

Por meio de liquidação extrajudicial, o Banco Central faz o saneamento das instituições financeiras, restabelecendo as finanças e negociando pagamento aos credores. Segundo o BC, também foi concluída a liquidação de duas empresas não financeiras ligadas ao mesmo grupo: Bamerindus S.A. Participações Empreendimentos e Bastec Tecnologia e Serviços Ltda.

Em janeiro de 2013, o BTG Pactual anunciou que pagaria R$ 418 milhões, em cinco parcelas anuais, para compar o espólio do Bamerindus e de suas subsidiárias.

No entanto, o Fundo Garantidor de Crédito – fundo que cobre parte dos depósitos de correntistas em caso de quebra de bancos – teve de desembolsar R$ 3,5 bilhões em maio deste ano para zerar o rombo financeiro do banco.

A injeção de recursos não provocou prejuízos ao FGC, porque, na prática, o fundo trocou R$ 3,5 bilhões de dívidas que não poderiam ser recuperadas pelos R$ 418 milhões pagos pelo BTG Pactual. O saneamento completo dos ativos do Bamerindus era condição para que a venda se concretizasse. Em julho, o Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade), órgão que julga a fusão e aquisição de empresas, aprovou o negócio.

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