Economia

Banco Central aumenta juros para 9% ao ano

Quarto aumento seguido leva taxa Selic para 9%, maior patamar desde abril do ano passado


	Alexandre Tombini, presidente do Banco Central
 (Valter Campanato/ABr)

Alexandre Tombini, presidente do Banco Central (Valter Campanato/ABr)

João Pedro Caleiro

João Pedro Caleiro

Publicado em 28 de agosto de 2013 às 20h34.

São Paulo – O Copom (Comitê de Política Monetária) do Banco Central elevou a taxa de juros Selic em 0,5%, de 8,5% para 9% ao ano. É a quarta alta seguida: em julho, o aumento também havia sido de meio ponto percentual. A decisão foi unânime e sem viés.

Em comunicado, o Copom "avalia que essa decisão contribuirá para colocar a inflação em declínio e assegurar que essa tendência persista no próximo ano."

A alta de 0,5% nos juros era esperada pelo mercado e estava prevista nos últimos relatórios de instituições como Itaú Unibanco e ANBIMA (Associação Brasileira das Entidades dos Mercados Financeiros e de Capitais).

A ata da decisão será divulgada na próxima quinta-feira, dia 05 de setembro. A próxima reunião deve ocorrer nos dias 08 e 09 de outubro.

Inflação

O IPCA (Índice de Preços ao Consumidor) foi de 0,03% em julho, a menor taxa em três anos. A inflação acumulada de 12 meses atingiu 6,27%, um pouco abaixo do teto da meta do governo, de 6,5% - que foi ultrapassada em março e em junho. O Real já se depreciou 3% em relação ao dólar só no último mês e o mercado teme que haja repasse para os preços.

O último boletim Focus, divulgado na segunda-feira pelo Banco Central, elevou as estimativas de inflação para 2013 de 5,74% para 5,80%. A projeção dos economistas consultados é que a Selic termine 2013 em 9,5% - no levantamento da semana anterior, a média da expectativa estava em 9,25%.

(                                                                                                                                                                       Juliana Pimenta)

 

Acompanhe tudo sobre:Banco CentralCopomEstatísticasIndicadores econômicosJurosMercado financeiroSelic

Mais de Economia

Presidente do Banco Central: fim da jornada 6x1 prejudica trabalhador e aumenta informalidade

Ministro do Trabalho defende fim da jornada 6x1 e diz que governo 'tem simpatia' pela proposta

Queda estrutural de juros depende de ‘choques positivos’ na política fiscal, afirma Campos Neto

Redução da jornada de trabalho para 4x3 pode custar R$ 115 bilhões ao ano à indústria, diz estudo