Economia

Banco absorve agências de instituições cipriotas na Grécia

O grego Banco do Pireo formalizou nesta terça-feira o acordo de absorção das filiais na Grécia do Banco do Chipre e do Banco Popular (Laiki)


	Agência do banco Laiki fechada em Nicósia: a operação foi avaliada em 524 milhões de euros
 (Yiannis Kourtoglou/AFP)

Agência do banco Laiki fechada em Nicósia: a operação foi avaliada em 524 milhões de euros (Yiannis Kourtoglou/AFP)

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Da Redação

Publicado em 26 de março de 2013 às 11h29.

Atenas - O grego Banco do Pireo formalizou nesta terça-feira o acordo de absorção das filiais na Grécia do Banco do Chipre e do Banco Popular (Laiki), que foram afetados pela reestruturação do sistema financeiro cipriota.

A medida foi estipulada entre o governo do Chipre e a troika como parte do acordo para evitar a quebra do país. Além disso, a instituição absorveu 29 agências do Banco Heleno (Hellenic Bank) na Grécia.

O Banco do Pireo informou por meio de um comunicado que a operação foi avaliada em 524 milhões de euros.

"O acordo contribui para a estabilidade do sistema bancário grego e salvaguarda tanto os depósitos como os postos de trabalho nas três filiais dos bancos cipriotas na Grécia", disse a nota.

A entidade informou que "as agências dos três bancos abrirão na quarta-feira e todas as transações serão feitas sem nenhuma limitação". Além disso, os depósitos de seus clientes na Grécia não sofrerão o corte que está previsto no Chipre para as contas com mais de 100 mil euros.

Até o momento ainda se desconhece as consequências da crise cipriota sobre o sistema bancário grego.

Segundo a imprensa da Grécia, que cita fontes anônimas do setor financeiro do país, o Banco do Pireo adquiriu não só as agências do Banco do Chipre e do Popular, mas também as 29 unidades do Banco Heleno.

As mesmas fontes asseguram que não haverá problemas de liquidez e que os depósitos nas agências gregas dos bancos cipriotas, estimados em 15 bilhões de euros, estão assegurados. Estes bancos também possuem cerca de 20 bilhões de euros em empréstimos na Grécia.

No entanto, representantes das instituições financeiras gregas temem que a crise cipriota provoque uma nova fuga de capitais para bancos no exterior como a vivida após a explosão da crise na Grécia, quando 70 bilhões de euros saíram do país. 

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