Economia

Bancários do DF são contra Banco Central independente

Atos semelhantes ocorreram nas sedes do BC do Rio de Janeiro, de Curitiba, Belo Horizonte, Fortaleza, Salvador, Porto Alegre e São Paulo

Protesto no DF: bancários também cobraram respostas às reivindicações (Marcello Casal Jr./Agência Brasil)

Protesto no DF: bancários também cobraram respostas às reivindicações (Marcello Casal Jr./Agência Brasil)

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Da Redação

Publicado em 2 de outubro de 2014 às 20h07.

Brasília - Bancários do Distrito Federal (DF) se reuniram no fim da tarde de hoje (2), em frente ao edifício do Banco Central (BC).

Conforme a Polícia Militar (PM), aproximadamente 80 bancários promoveram um ato contra a independência do Banco Central.

Já o Sindicato dos Bancários do DF estima em 150 o número de participantes.

Atos semelhantes ocorreram nas sedes do BC do Rio de Janeiro, de Curitiba, Belo Horizonte, Fortaleza, Salvador, Porto Alegre e São Paulo.

“O Banco Central não pode ter apenas metas de inflação. Tem de ter metas de emprego e de distribuição de renda. Com o Banco Central livre, cuidando apenas de inflação, os banqueiros continuarão cobrando taxas de juros altíssimas da população. Não é isso que a gente quer. O que queremos é um sistema financeiro que empreste dinheiro barato e preste atendimento de qualidade”, disse o presidente do sindicato do DF, Eduardo Araújo.

Em greve desde a última terça-feira (30), os bancários também cobraram respostas às reivindicações.

Araújo informou que, desde 27 de setembro, não foi apresentada nenhuma nova proposta.

“Temos de cobrar responsabilidade dos donos dos empregos e do dinheiro, que são os banqueiros. Eles precisam voltar a negociar. Estamos dispostos a avaliar as propostas em assembleias”, ressaltou.

Entre outras reivindicações, a categoria pede reajuste salarial de 12,5%, sendo 5,8% de aumento real.

Também querem Participação nos Lucros e Resultados (PLR) de três salários, além de parcela adicional de R$ 6.247 e piso de R$ 2.979,25.

No sábado (27), os bancos propuseram elevar o índice de reajuste de 7% para 7,35% e o piso de 7,5% para 8%.

pós recusar a proposta, os bancários entraram em greve por tempo indeterminado.

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