Exportações: exportações tiveram queda de 25% em novembro sobre média diária de novembro de 2013 (Arquivo)
Da Redação
Publicado em 1 de dezembro de 2014 às 14h50.
Brasília - A diferença entre tudo o que país importou e exportou deixou um saldo negativo, no acumulado de 12 meses até novembro, de US$ 1,572 bilhão - o que não acontecia desde 2000.
Os dados são do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC) e mostram que o resultado ocorreu em função de vendas externas de US$ 228,457 bilhões e de compras de US$ 230,029 bilhões.
Em 2013, o acumulado de 12 meses até novembro mostrava uma balança comercial positiva em US$ 1,975 bilhão.
Exportações
As exportações brasileiras tiveram queda de 25% em novembro quando comparadas com a média diária de novembro de 2013.
As vendas externas de manufaturados caíram 31,7% no período por conta, principalmente, da retração em óleos combustíveis, veículos de carga, açúcar refinado, automóveis de passageiros e tratores.
O grupo de básicos teve uma retração de 25%, queda puxada por soja em grão, minério de ferro, fumo em folha, farelo de soja, milho em grão e minério de cobre.
Nos semimanufaturados, houve um recuo de 6,2%, principalmente por conta de ferro fundido, ouro em forma semimanufaturada e açúcar em bruto.
As exportações para a Ásia tiveram queda de 31,5%, sendo que para a China decresceu 41%.
Para o Mercosul, o recuo foi de 22,8% e, para Argentina, de 28,4%. As vendas brasileiras em novembro para União Europeia caíram 22,6%.
Por outro lado, os embarques no mês passado para os Estados Unidos cresceram 24,5%.
Importações
As importações de combustíveis e lubrificantes tiveram alta de 9,8% em novembro na comparação com o mesmo mês do ano passado.
Segundo o MDIC, o aumento ocorreu pela elevação dos preços e das quantidades embarcadas de óleos combustíveis, nafta, petróleo e gasolina.
Apesar do movimento de alta nesses produtos, a média diária de importações encolheu 5,9%.
No segmento de bens de consumo, a queda foi de 9,3% no mês passado, puxada por bebidas e tabacos, produtos de toucador, partes e peças para bens de consumo duráveis, móveis, objetos de adorno, automóveis de passageiros e produtos farmacêuticos.
As importações de bens de capital caíram 8,1% e as de matérias-primas e intermediários tiveram recuo de 8,3%.
As compras brasileiras da União Europeia diminuíram 18,6% e as provenientes do Mercosul tiveram retração de 4,2%.
Os produtos vindos da Argentina tiveram queda de 3,3%. As importações brasileiras dos Estados Unidos apresentaram uma redução de 1,8% e as da Ásia, recuo de 4,9%.