A média diária das importações caiu 25,5% em relação a setembro do ano passado, e as exportações, 9,1% (Avigator Photographer/Getty Images)
Estadão Conteúdo
Publicado em 1 de outubro de 2020 às 17h31.
Última atualização em 1 de outubro de 2020 às 18h14.
Com a queda contínua nas importações devido à pandemia de covid-19, a balança comercial brasileira registrou mais um superávit recorde em setembro. As exportações superaram as importações em 6,164 bilhões de dólares, o maior resultado para o mês na série iniciada em 1989. No ano, o superávit já soma 42,445 bilhões de dólares.
O dado de setembro ficou dentro do intervalo das projeções de analistas consultados pelo Projeções Broadcast, que previam saldo positivo de 3,90 bilhões a 8,10 bilhões de dólares. A mediana indicava superávit de 7,20 bilhões de dólares no mês passado.
Apesar do recorde, tanto as exportações quanto as importações registraram quedas na média diária em comparação a setembro de 2019. As compras vindas do exterior, porém, desabaram em maior magnitude, o que fez a balança pender para o lado positivo. Em valores absolutos, as exportações somaram 18,459 bilhões de dólares em setembro, enquanto as importações ficaram em 12,296 bilhões de dólares.
A média diária das importações caiu 25,5% em relação a setembro do ano passado, com tombo de 50,0% na indústria extrativa e queda de 24,8% na indústria de transformação. A média diária de importações da agropecuárias caiu 2,8%, sempre na comparação com setembro de 2019.
Já no caso das exportações, a queda foi de 9,1%, puxada pela indústria de transformação (-18,7%). A agricultura teve alta de 3,2% na média diária, enquanto a indústria extrativa observou aumento de 9,2%.
Em setembro de 2019, o saldo positivo da balança havia ficado em 3,803 bilhões de dólares. O Ministério da Economia divulgou ainda os superávits de 977 milhões de dólares na quarta semana de setembro (de 21 a 27) e de 527 milhões de dólares na quinta semana (de 28 a 30).