Economia

Balança comercial em queda une Brasil e China

Os dois países foram os únicos entre as 12 maiores economias do mundo que registraram aumento das importações e redução das exportações no segundo trimestre


	Containers no porto de Xangai: o superávit comercial brasileiro diminuiu em US$ 4,3 bilhões em um trimestre e o saldo chinês recuou ainda mais
 (REUTER/Aly Song/Files)

Containers no porto de Xangai: o superávit comercial brasileiro diminuiu em US$ 4,3 bilhões em um trimestre e o saldo chinês recuou ainda mais (REUTER/Aly Song/Files)

DR

Da Redação

Publicado em 30 de agosto de 2013 às 09h14.

Londres - Em tempos de preocupação com o déficit em transações correntes, a Organização para a Cooperação e o Desenvolvimento Econômico (OCDE) apresentou um dado nada animador para o Brasil.

Apesar da fraqueza da economia doméstica, Brasil e China foram os únicos países entre as 12 maiores economias do mundo - desenvolvidas e em desenvolvimento - que registraram, ao mesmo tempo, aumento das importações e redução das exportações no segundo trimestre de 2013.

Um dos resultados desse fenômeno é a piora das contas externas, fato que tem sido apontado por analistas como uma das causas do aumento da aversão ao risco nos países emergentes. No segundo trimestre deste ano, o Brasil exportou US$ 85,6 bilhões.

O valor é 4,63% menor do que o dos três primeiros meses do ano. Ao mesmo tempo, a importação de mercadorias somou US$ 62,9 bilhões, valor 0,22% maior que o do primeiro trimestre, segundo dados da OCDE.

Ou seja, exportações diminuíram e importações cresceram em um período em que a economia brasileira continuou a apresentar sinais de fraqueza. O mesmo fenômeno ocorreu na China, onde as importações cresceram 1,42% e as exportações diminuíram 3,44%.

O resultado desse movimento é visível na balança comercial. O superávit comercial brasileiro diminuiu em US$ 4,3 bilhões em um trimestre e o saldo chinês recuou ainda mais: US$ 26 bilhões em três meses.


Demais países

Entre os demais países da pesquisa, Estados Unidos e África do Sul registraram aumento das exportações e redução das importações. O quadro permitiu a redução do déficit comercial dos dois países.

Houve ainda contração das importações e também das exportações na Alemanha, Canadá, França, Itália, Japão, Índia e Rússia. O único país que registrou, ao mesmo tempo, aumento na compra de importados e também na venda para outros países foi o Reino Unido.

O estudo da OCDE mostra ainda que o comércio exterior global continuou em retração no segundo trimestre. Essa desaceleração afeta tanto os países ricos como os países em desenvolvimento.

A retração, porém, é mais forte em mercados como Brasil, Rússia, Índia e China. Na comparação trimestral, a corrente de comércio - soma das exportações com importações - caiu 1,4% nas sete principais economias do mundo desenvolvido, o chamado G-7, e recuou 1,8% no grupo dos grandes emergentes, o Brics. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Acompanhe tudo sobre:ChinaComércioComércio exteriorExportaçõesImportações

Mais de Economia

BNDES firma acordo de R$ 1,2 bilhão com a Agência Francesa para projetos no Brasil

Se Trump deportar 7,5 milhões de pessoas, inflação explode nos EUA, diz Campos Neto

Câmara aprova projeto do governo que busca baratear custo de crédito