Porto em Hong Kong, na China: dados da Administração de Alfândega mostraram que as exportações no país subiram 5,1 por cento em julho ante o ano anterior (Jerome Favre/Bloomberg)
Da Redação
Publicado em 8 de agosto de 2013 às 07h57.
Pequim - Uma recuperação surpreendentemente firme das exportações e importações da China em julho ofereceu alguma esperança de que a segunda maior economia do mundo pode estar se estabilizando após mais de dois anos de crescimento lento.
As importações de petróleo e minério de ferro se recuperaram de mínimas de vários meses para registrar máximas no mês passado, à medida que mais matérias-primas foram adquiridas para recompor estoques, e as compras de soja bateram recorde pelo segundo mês seguido.
Uma estabilização da economia seria um alívio para os líderes da China, que vêm lutando para sustentar o crescimento desde meados do ano em meio a preocupações de que uma forte desaceleração pode afetar suas tentativas de reformar a economia para que ela seja mais direcionada pelo consumo do que pelo investimento e a indústria.
Dados da Administração de Alfândega mostraram que as exportações subiram 5,1 por cento em julho ante o ano anterior, após a primeira queda em 17 meses em junho. Analistas esperavam um aumento de 3 por cento.
As importações foram ainda melhores, com um salto de 10,9 por cento ante o ano anterior, mais de cinco vezes o que analistas esperavam. A força inesperada nas importações deixou a China com um superávit comercial, menor do que o esperado, de 17,8 bilhões de dólares.
"Julho parece refletir um retorno a um 'normal", escreveram analistas da Moody's. "Em outras palavras, embora o pior pareça ter acabado, a mudança será relativamente rasa." De fato, as exportações nos três meses encerrados em 31 de julho registraram o aumento anual mais lento desde outubro de 2009, mostraram cálculos da Reuters.