Economia

Ayres Britto diz que chegou a hora de julgar o mensalão

O presidente do Supremo lembrou que a corte já discute a logística e o cronograma do julgamento

EXAME.com (EXAME.com)

EXAME.com (EXAME.com)

DR

Da Redação

Publicado em 28 de maio de 2012 às 18h35.

São Paulo - Independentemente da polêmica envolvendo o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Gilmar Mendes, o ex-presidente da República Luiz Inácio Lula da Silva e o ex-ministro da Defesa e do Supremo Nelson Jobim, o presidente do STF, Carlos Ayres Britto, afirmou nesta segunda-feira que é chegada a hora do julgamento do maior escândalo do governo Lula, conhecido como mensalão. "Chegou a hora de julgar (o mensalão)", garantiu o ministro do STF, após participar do V Congresso Brasileiro da Indústria da Comunicação, na capital.

A respeito da polêmica envolvendo o ministro Gilmar Mendes, o ex-presidente Lula e o ex-ministro Nelson Jobim, Ayres Britto limitou-se a dizer: "Foi um diálogo protagonizado por três agentes, dois desses agentes já falaram (Mendes e Jobim), falta o terceiro (Lula). Aguardemos a fala do terceiro". Segundo reportagem da revista "Veja" deste fim de semana, o ex-presidente Lula teria sugerido proteção a Gilmar Mendes, na CPI do Cachoeira, em troca do adiamento do julgamento do mensalão no STF, em encontro ocorrido no escritório de advocacia de Jobim.

Ainda sobre o julgamento do mensalão, Ayres Britto disse que ele será levado a julgamento assim que terminar o trabalho do ministro revisor deste processo, Ricardo Lewandowski. O presidente do Supremo lembrou que a corte já discute a logística e o cronograma do julgamento e afirmou que, a despeito de compreender a demanda da sociedade por esse julgamento, é "preciso que o processo ocorra sem predisposição para condenar ou absolver".

Acompanhe tudo sobre:CorrupçãoEscândalosFraudesJustiçaSupremo Tribunal Federal (STF)

Mais de Economia

BNDES vai repassar R$ 25 bilhões ao Tesouro para contribuir com meta fiscal

Eleição de Trump elevou custo financeiro para países emergentes, afirma Galípolo

Estímulo da China impulsiona consumo doméstico antes do 'choque tarifário' prometido por Trump

'Quanto mais demorar o ajuste fiscal, maior é o choque', diz Campos Neto