Prédios no centro de São Paulo: houve aumento nos preços da habitação (0,61% para 0,78%), puxados essencialmente pelo aumento da energia elétrica (Marcos Santos/USP Imagens)
Da Redação
Publicado em 18 de novembro de 2013 às 10h29.
São Paulo - O coordenador do Índice de Preços ao Consumidor - Semanal (IPC-S), da Fundação Getulio Vargas (FGV), Paulo Picchetti, disse que o ligeiro avanço do indicador, de 0,63% na primeira quadrissemana de novembro para 0,64% na segunda, divulgado nesta segunda-feira, 18, está na trajetória da previsão da instituição para o fechamento do mês, de 0,70%.
"Apesar de a variação ter sido pequena, o índice apresentou mudanças importantes em sua composição", afirmou.
Picchetti avaliou ainda que a desaceleração de Alimentação, de 1,14% na primeira quadrissemana deste mês para 0,99% na segunda, foi compensada por três outros grupos.
Ele destacou Habitação (0,61% para 0,78%), puxada essencialmente pelo aumento da energia elétrica, Vestuário (0,43% para 0,78%), em um movimento sazonal nesta época do ano, e Despesas Diversas (0,52% para 0,74%), com o reajuste de cigarros.
Para Picchetti, o recuo de Alimentação está ligado a hortaliças e legumes. "Esse grupo sempre apresenta volatilidade. Além disso, embora continuem subindo de preço, alguns itens apresentaram desaceleração da primeira para a segunda quadrissemana, como é o caso do tomate, que variou de 29,65% para 23,65% entre os dois períodos."
O coordenador do IPC-S também destacou a queda sazonal de laticínios (-0,39% para -0,73%) e a desaceleração de carnes bovinas (2,38% para 1,76%). "Essa é uma tendência que deve se manter nas próximas semanas." A FGV espera que o IPC-S fechado de 2013 apresente alta de 5,70%.