Economia

Avanço da produção industrial não tem consistência, diz IBGE

Segundo técnico da coordenação de Indústria do IBGE, grande parte das regiões pesquisadas apresenta o mesmo comportamento errático observado no indicador geral


	Trabalhador da indústria de aço: maior avanço se deu na Bahia, com alta de 6,8%, anulando boa parte da queda de 8,6% observada em agosto ante julho
 (China Photos/Getty Images)

Trabalhador da indústria de aço: maior avanço se deu na Bahia, com alta de 6,8%, anulando boa parte da queda de 8,6% observada em agosto ante julho (China Photos/Getty Images)

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Da Redação

Publicado em 8 de novembro de 2013 às 14h13.

Rio - Apesar do crescimento de 0,7% no mês de setembro em relação a agosto, a produção industrial ainda não mostra um avanço consistente, avaliou o técnico da coordenação de Indústria do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), Fernando Abritta Figueiredo.

Segundo ele, grande parte das regiões pesquisadas apresenta o mesmo comportamento errático observado no indicador geral. "Os resultados não têm sequência, nem positivos nem negativos", observou Figueiredo.

Nos estados que conseguiram expandir a produção na passagem do mês, o aumento foi sustentado pelos setores de bens de capital (principalmente caminhões e máquinas agrícolas), de consumo duráveis e de refino e produção de petróleo e álcool, disse Figueiredo.

O maior avanço se deu na Bahia, com alta de 6,8%, anulando boa parte da queda de 8,6% observada em agosto ante julho, por causa de apagões registrados na região Nordeste.

São Paulo, contudo, amargou retração de 2,1% em setembro contra agosto, após alta de 3,8% em agosto ante setembro (dado revisado, de 0,6% na leitura inicial) e queda de 4,8% em julho contra junho.

Com isso, o resultado do 3º trimestre veio negativo, em -2,6%, na comparação com o trimestre imediatamente anterior. "Há perda de dinamismo em setores como farmacêutico, produção de veículos, refino de petróleo, alimentos e bebidas e equipamentos eletrônicos", disse Figueiredo.

Em Pernambuco, a queda de 8,2% na produção, além de ser a mais intensa entre as regiões em setembro, foi o pior resultado para o Estado desde novembro de 2004, quando houve uma queda de 10,2%, ressaltou Figueiredo.

"O recuo foi motivado pela menor produção de açúcar e refrigerantes, que impactou a indústria de alimentos e bebidas", afirmou. Segundo ele, fábricas de refrigerantes fizeram paradas para manutenção dos equipamentos - por isso o tombo na produção.

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