Economia

Autuações na Lava Jato somaram R$ 2,7 bilhões no 1º semestre

Os números, contudo, não correspondem aos valores efetivamente arrecadados, já que o contribuinte pode recorrer administrativamente e na Justiça

Receita: em 2016, foram arrecadados apenas 1,4% para o universo de 121,6 bilhões de reais em autuações pela Receita (./Thinkstock)

Receita: em 2016, foram arrecadados apenas 1,4% para o universo de 121,6 bilhões de reais em autuações pela Receita (./Thinkstock)

R

Reuters

Publicado em 18 de julho de 2017 às 13h47.

Brasília - A Receita Federal informou nesta terça-feira que as autuações encerradas no âmbito da operação Lava Jato no primeiro semestre deste ano somaram 2,722 bilhões de reais, sendo que ações ainda estão em andamento somaram outros 2,034 bilhões de reais neste ano.

Os números, contudo, não correspondem aos valores efetivamente arrecadados, que costumam ser bem menores em função das possibilidades que o contribuinte tem de recorrer administrativamente e na Justiça.

Em 2016, por exemplo, foram arrecadados apenas 1,4 por cento para o universo de 121,6 bilhões de reais em autuações totais realizadas pela Receita.

Em balanço sobre suas atividades, a Receita pontuou que o total de crédito lançado com a Lava-Jato, que investiga o esquema de corrupção na Petrobras, é 12,8 bilhões de reais até hoje.

O valor considera ações efetivadas desde 2015, incluindo aquelas ainda não concluídas em 2017, além de autuação no caso Schain que ocorreu antes desse período, mas era também ligada a prejuízos causados à petroleira. Só neste caso, a atuação foi de 4,72 bilhões de reais.

Entre as ações prioritárias para o próximo semestre, a Receita destacou a fiscalização sobre pessoas físicas com ativos no exterior, incluindo cerco mais apertado à compra de imóveis em Miami, nos Estados Unidos.

Acompanhe tudo sobre:GovernoJustiçaOperação Lava Jatoreceita-federal

Mais de Economia

BNDES vai repassar R$ 25 bilhões ao Tesouro para contribuir com meta fiscal

Eleição de Trump elevou custo financeiro para países emergentes, afirma Galípolo

Estímulo da China impulsiona consumo doméstico antes do 'choque tarifário' prometido por Trump

'Quanto mais demorar o ajuste fiscal, maior é o choque', diz Campos Neto