Ante abril do ano passado, os embarques de veículos para o mercado externo cairam 0,5% (Germano Lüders/EXAME.com)
Da Redação
Publicado em 7 de maio de 2012 às 17h57.
São Paulo – O presidente da Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea), Cledorvino Belini, não está preocupado com a queda nas vendas verificada no primeiro quadrimestre, em relação ao desempenho do primeiro quadrimestre de 2011. Segundo ele, a queda foi pequena e esse movimento poderá ser invertido com as mudanças esperadas para a economia brasileira com a redução dos juros ao consumidor.
“Nós estamos muito confiantes de que, com a redução dos juros, a tendência é a de melhorar o mercado daqui para frente. Neste momento, continuamos acreditando que o ano vai ser bom”, disse após divulgação dos dados mensais da indústria automobilística, hoje (7), na capital paulista.
Segundo os dados da Anfavea, a produção de veículos automotores caiu 15,5% em abril 9260.285 unidades) em relação a março (308.494). Na comparação com abril de 2011, houve queda de 7,5%. No acumulado de janeiro a abril, a retração atingiu 10,1%.
Com relação às vendas, foram 257.885 unidades rm abril contra 300.574 em março (-14,2%). Na comparação com abril do ano passado, as vendas caíram 10,8% e, no acumulado do ano, 3,4%.
As exportações somaram 48.692 unidades, 15,3% a mais que em março. Ante abril do ano passado, os embarques de veículos para o mercado externo cairam 0,5%. No primeiro quadrimestre, foi registrada queda de 4,9% na comparação com o mesmo período de 2011. Em valores, as exportações registraram queda de 4,3%, de US$ 1,442 milhão em março para US$ 1,379 milhão em abril. Com relação ao mesmo mês do ano passado, porém, houve elevação de 5,7% e, no acumulado do ano, alta de 13,9%.
Belini disse que o ciclo de queda dos juros pode influenciar o mercado consumidor e ajudar a indústria a elevar as vendas de carros. “O setor está preparado, temos estoques e temos condição de atender ao mercado de forma altamente positiva. Nós vemos muito bem a mudança do sistema [de remuneração da caderneta] de poupança, que vai fazer com que o Brasil possa crescer a curto prazo”. Ele destacou que a economia está demonstrando vigor com pleno emprego, aumento da renda e conjuntura favorável com juros em queda, fatores que ajudam a estimular as vendas.