Economia

Aumento do etanol na gasolina beneficia de Shell a Soros

Porcentagem do etanol na gasolina deve subir de 20 para 25 por cento em junho


	George Soros: o bilionário, investidor da Adecoagro, deve ser beneficiado pela safra maior da cana-de-alúcar
 (Getty Images)

George Soros: o bilionário, investidor da Adecoagro, deve ser beneficiado pela safra maior da cana-de-alúcar (Getty Images)

DR

Da Redação

Publicado em 2 de fevereiro de 2013 às 08h14.

A Raízen SA, joint venture do setor de açúcar entre a Royal Dutch Shell Plc’s e a Cosan SA Indústria & Comércio, está entre as produtoras que devem ganhar mais com o aumento da conversão de cana-de-açúcar em etanol em meio à elevação da mistura do biocombustível na gasolina.

Usinas do Centro-Sul, maior região produtora do mundo, podem transformar até 54 por cento da cana em etanol na safra que começa em 1 de abril, o maior percentual em três anos, disse Antonio de Pádua Rodrigues, diretor da União da Indústria de Cana-de-Açúcar, Unica. O governo pretende elevar a quantia de etanol na gasolina dos atuais 20 por cento para 25 por cento em junho, primeiro aumento desde 2010, disse o ministro de Minas e Energia, Edison Lobão, em entrevista em 17 de janeiro.

Produtores que vão da Raízen, maior processadora mundial de cana, à Adecoagro, que tem o bilionário George Soros entre os investidores, vão se beneficiar de uma safra maior e de um avanço nos preços do açúcar depois de dois anos de queda. O açúcar vai subir para 22 centavos a libra até o fim do ano, mais do que os 18,5 centavos do fechamento de ontem, de acordo com a mediana das estimativas de nove analistas consultados pela Bloomberg.

“Não há dúvida de que um aumento na mistura é positivo”, disse Pedro Herrera, analista do HSBC, que tem recomendação de compra para a Cosan, em entrevista por telefone em 22 de janeiro de Nova York. “Isso significa que o etanol vai ser mais lucrativo e a medida também vai dar suporte aos preços do açúcar.”

Acompanhe tudo sobre:BiocombustíveisCombustíveisComércioCommoditiesEmpresasEnergiaEtanolIndústria do petróleoRaízenShell

Mais de Economia

Presidente do Banco Central: fim da jornada 6x1 prejudica trabalhador e aumenta informalidade

Ministro do Trabalho defende fim da jornada 6x1 e diz que governo 'tem simpatia' pela proposta

Queda estrutural de juros depende de ‘choques positivos’ na política fiscal, afirma Campos Neto

Redução da jornada de trabalho para 4x3 pode custar R$ 115 bilhões ao ano à indústria, diz estudo