Henrique Meirelles: "Estamos estudando diversas alternativas para questão do Orçamento de 2018" (Wilson Dias/Agência Brasil)
Estadão Conteúdo
Publicado em 8 de agosto de 2017 às 16h59.
São Paulo - O ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, afirmou nesta terça-feira, 8,que o aumento do Imposto de Renda (IR) para as pessoas físicas, especialmente para a faixa de maior renda, é uma das hipóteses em estudo pela equipe econômica para costurar o Orçamento de 2018.
O governo tem até o dia 31 de agosto para apresentar a proposta de receitas e despesas do ano que vem ao Congresso e até esta data uma solução será anunciada, disse ele.
"Estamos estudando diversas alternativas para questão do Orçamento de 2018", declarou a jornalistas em rápida entrevista após compromisso em São Paulo na tarde desta terça-feira.
Por enquanto, afirmou o ministro, o governo está monitorando a arrecadação, que tem frustrado as expectativas por causa de uma série de fatores, incluindo o reflexo da recessão de 2015 e 2016.
O Broadcast, serviço de notícias em tempo real do Grupo Estado, antecipou na segunda-feira, 7, que o governo estuda aumentar de 30% para 35% a alíquota do IR para as pessoas físicas de renda mais alta.
A expectativa é que a arrecadação se recupere neste segundo semestre, afirmou o ministro. "Temos até o final do mês, dia 31, para finalizar as contas e chegar a uma conclusão. Existem diversas hipóteses em estudo e essa (a alta do IR) é uma delas", disse Meirelles, ressaltando que o presidente Michel Temer estava correto ao mencionar esta possibilidade em evento hoje em São Paulo. "Até dia 31 devemos definir isso e anunciar."
O ministro disse que o segundo trimestre de 2017 deve ser de estabilidade do Produto Interno Bruto (PIB), mas que os dados de junho da atividade já começam a mostrar um avanço importante da economia.
Com isso, o segundo semestre do ano deverá ser de expansão do PIB. "Há sinais claros de melhora."
Meirelles destacou que o final do segundo trimestre foi marcado por melhora de vários segmentos, como a indústria têxtil e o setor automobilístico.
Indicadores como o consumo de energia do período indicam que a indústria está se recuperando, ressaltou o ministro.
"Vamos terminar o ano crescendo e entrar em 2018 com a economia em expansão. Teremos um Natal melhor."