Indústria: como destaque positivo, Francini citou o setor de máquinas e equipamentos que, na série com ajuste sazonal, cresceu 3,6% em fevereiro sobre janeiro (Tony Ashby-Pool/Getty Images)
Da Redação
Publicado em 27 de março de 2013 às 14h01.
São Paulo - O diretor do Departamento de Pesquisas e Estudos Econômicos (Depecon) da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp), Paulo Francini, minimizou a queda de 2,3% no Indicador do Nível de Atividade (INA), sem ajuste sazonal, em fevereiro.
Na série com ajuste sazonal, a queda em fevereiro foi de 1,5%. Para ele, a queda, no entanto, foi consequência de o mês de janeiro ter sido muito positivo e o dado que merece destaque é o crescimento de 2,8% no acumulado do ano, na comparação com o mesmo período do ano passado.
"O ano de 2013 está sendo melhor na somatória dos meses que 2012. Janeiro foi um pouco excepcional no crescimento e parte da queda de fevereiro é na comparação com janeiro", explicou.
"A melhor visão é juntar os dois meses. Daí vemos um saldo positivo, não muito forte, é verdade, mas para quem estava caindo em 2012 é sempre bom parar de cair", emendou.
Durante a apresentação dos dados do INA de fevereiro, a Fiesp revisou o valor do indicador relativo a janeiro para 2,5% na série com ajuste sazonal, ante os 2,1% divulgados anteriormente. Na série sem ajuste sazonal, o INA manteve-se em 3,7%.
Setores
Um dos destaques negativos citados por Francini foi a indústria química e farmacêutica, que registrou queda de 5,8% em fevereiro na comparação com janeiro, na série sem ajuste sazonal. Com ajuste, houve estabilidade.
"O setor sofre alguns impactos, dentre eles uma forte concorrência de produção de importados. É uma indústria que, se olharmos na sua evolução comparativa, não está em estabilidade, apesar de o número de fevereiro ser zero", afirmou.
Como destaque positivo, Francini citou o setor de máquinas e equipamentos que, na série com ajuste sazonal, cresceu 3,6% em fevereiro sobre janeiro.
Na comparação anual, no entanto, houve queda de 16,3%. Mas, de acordo com Francini, o crescimento mensal simboliza uma parada no ritmo de queda do setor. "Não é um andar de grande vigor, mas mostra uma certa consistência. O setor ainda está sofrendo bastante com a penetração das máquinas importadas, mas já emitiu sinais positivos", disse.