Estados Unidos: economia americana sente impacto do coronavírus (Andrew Kelly/Reuters)
Reuters
Publicado em 23 de abril de 2020 às 11h38.
Última atualização em 23 de abril de 2020 às 11h39.
A atividade empresarial dos Estados Unidos atingiu novas mínimas recordes em abril, com o novo coronavírus interrompendo gravemente a produção industrial e de serviços, levando a economia a territórios sem registro anterior.
A empresa de dados IHS Markit disse nesta quinta-feira que seu Índice de Gerentes de Compras (PMI) Composto preliminar dos EUA, que rastreia os setores de manufatura e serviços, caiu para uma leitura de 27,4 este mês.
Esse foi o menor resultado desde que a série começou, no final de 2009 e seguiu uma leitura final de 40,9 em março. Uma leitura abaixo de 50 indica uma contração na produção do setor privado.
O PMI preliminar do setor de serviços caiu para a mínima recorde de 27,0 este mês de 39,8 em março, ante expectativa de 31,5.
A atividade industrial contraiu mais este mês, com o PMI preliminar despencando a 36,9, nível mais fraco desde março de 2009 e ante 48,5 em março. Economistas esperavam recuo para 38,0 em abril.
As vendas de novas moradias para uma única família nos Estados Unidos registraram em março a maior queda em mais de seis anos e meio e mais perdas são esperadas conforme o coronavírus afeta a economia e deixa milhões de norte-americanos sem trabalho.
O Departamento do Comércio disse nesta quinta-feira que as vendas de novas moradias caíram 15,4%, para uma taxa anual ajustada sazonalmente de 627 mil unidades, no mês passado. A queda percentual foi a maior desde julho de 2013.
O ritmo de vendas de fevereiro foi revisado para 741 mil unidades, contra 765 mil informadas antes.
Economistas consultados pela Reuters esperavam que as vendas de novas moradias, que respondem por cerca de 10% das vendas do mercado imobiliário, caíssem 15%, a 645 mil unidades em março.