Notas de real: resultado mensal de janeiro foi o melhor desde dezembro de 2009, quando também avançou 1,26 por cento, e ficou bem acima da expectativa em pesquisa (Dado Galdieri/Bloomberg)
Da Redação
Publicado em 14 de março de 2014 às 09h31.
São Paulo - O Índice de Atividade Econômica do Banco Central (IBC-Br) registrou expansão de 1,26 por cento em janeiro sobre o mês anterior, acima do esperado e indicando que a economia brasileira iniciou 2014 em recuperação, mas ainda insuficiente para compensar a retração vista em dezembro.
O indicador, considerado uma espécie de sinalizador do Produto Interno Bruto (PIB) e divulgado nesta sexta-feira mostrou aceleração da atividade, mas não com força suficiente para anular a queda de 1,40 por cento de dezembro sobre novembro em dados dessazonalizados revisados pelo BC. Anteriormente havia sido divulgado um recuo de 1,35 por cento naquele mês.
Ainda assim, o resultado mensal de janeiro foi o melhor desde dezembro de 2009, quando também avançou 1,26 por cento, e ficou bem acima da expectativa em pesquisa da Reuters, cuja mediana de 26 projeções apontava alta de 0,70 por cento.
Na comparação com janeiro de 2013, o IBC-Br --que incorpora estimativas para a atividade em serviços, indústria e agropecuária-- avançou 1,01 por cento e acumula em 12 meses alta de 2,47 por cento, ainda segundo dados dessazonalizados.
A expansão em janeiro decorre de dados melhores do que o esperado tanto da indústria quanto do varejo, apontando para um certo fôlego no início deste ano, mas ainda encarado com cautela pelos agentes econômicos.
Enquanto a produção industrial avançou 2,9 por cento no primeiro mês do ano sobre o anterior, as vendas varejistas subiram 0,4 por cento no período.
A economia brasileira surpreendeu no quarto trimestre de 2013 com crescimento de 0,7 por cento na comparação com os três meses anteriores, garantindo avanço em todo o ano passado de 2,3 por cento.
Ainda assim, agentes econômicos veem que a economia vai desacelerar neste ano, e a pesquisa Focus do BC mostra que a expectativa é de expansão do Produto Interno Bruto (PIB) de 1,68 por cento.