Economia

Atividade econômica inicia 4º tri com queda de 0,1%, diz Serasa

No confronto com o décimo mês de 2016, contudo, houve aumento de 2,3%

Economia brasileira: sob a ótica da demanda, todos os componentes registraram retração na análise mensal (Pixfly/Thinkstock)

Economia brasileira: sob a ótica da demanda, todos os componentes registraram retração na análise mensal (Pixfly/Thinkstock)

EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 18 de dezembro de 2017 às 12h57.

São Paulo - A atividade econômica começou o último trimestre do ano em queda após três trimestres consecutivos de crescimento.

De acordo com o Produto Interno Bruto (PIB) mensal da Serasa Experian, houve retração de 0,1% em outubro em relação a setembro, com ajuste sazonal.

No confronto com o décimo mês de 2016, contudo, houve aumento de 2,3%. No ano até outubro, o crescimento acumulado é de 0,8%.

Em nota, a equipe econômica da Serasa avalia que a retração em outubro pode ser temporária. "Apesar de a economia brasileira não estar mais em recessão, isto não evita que o atual quadro de crescimento econômico ainda contido apresente alguns meses pontuais de retração."

Dentre os destaques de queda pelo lado da oferta, a Serasa cita que houve declínio de 2,8% na agropecuária e queda de 0,7% na indústria em outubro na comparação com setembro. Somente o PIB do setor de serviços teve crescimento, de 0,2%.

Sob a ótica da demanda, todos os componentes registraram retração na análise mensal. O consumo das famílias apresentou declínio de 1,1%, enquanto o do governo cedeu 0,4%.

Os investimentos tiveram variação negativa de 1,8% e as exportações recuaram 3,6%. Já as importações caíram 6,7% em outubro no confronto com o nono mês de 2017.

De janeiro a outubro, a atividade agropecuária acumula expansão de 13,6%. Em contrapartida, a indústria tem queda de 0,5% e o setor de serviços registra variação zero no acumulado dos dez primeiros meses do ano.

O consumo das famílias cresceu 0,5%, as exportações subiram 5,5% e as importações avançaram 4,4%. Na direção contrária, o consumo do governo recuou 0,7% e os investimentos tiveram declínio de 3,1% no acumulado do ano até outubro.

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