Brasil: atividades industriais e de serviços seguem sendo as com os maiores impactos negativos (FG Trade/Getty Images)
Estadão Conteúdo
Publicado em 10 de julho de 2020 às 16h39.
Última atualização em 10 de julho de 2020 às 16h51.
O Indicador de Atividade Econômica da Fundação Getulio Vargas (IAE-FGV) apontou um crescimento de 0,5% da economia no mês de maio, em comparação a abril. O índice divulgado nesta sexta-feira, 10, mostra uma pequena recuperação após fortes retrações nos dois meses anteriores. A FGV alerta, entretanto, que a atividade ainda está em nível bem inferior ao do período pré-pandemia.
"Apesar dessa recuperação, a economia ainda está muito abaixo do nível anterior à chegada da covid-19 no país", ressaltou a instituição em nota.
Na comparação com maio de 2019, o IAE-FGV caiu 13% em maio de 2020. No acumulado do ano, o recuo da atividade econômica medida pelo indicador é de 5,2% e nos últimos 12 meses, de 1,6%.
As atividades industriais e de serviços seguem sendo as com os maiores impactos negativos, com quedas significativas, na análise interanual, embora menores do que as registradas em abril. As quedas mais acentuadas na indústria total foram na transformação, seguida da construção. Nos serviços, os maiores recuos foram no comércio, em outros serviços e nos transportes.
No trimestre móvel, o indicador aponta retração de 10,3% no trimestre findo em maio, em relação ao trimestre findo em fevereiro e de 8,9% na comparação interanual.
O IAE-FGV é um indicador mensal que antecipa a tendência da economia brasileira. A FGV divulga duas versões preliminares e uma definitiva por mês, com base na publicação de pesquisas mensais sobre setores econômicos apuradas pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
As principais informações para a atualização do indicador são obtidas pela Pesquisa Industrial Mensal — Produção Física (PIM-PF), Pesquisa Mensal de Comércio (PMC) e Pesquisa Mensal de Serviços (PMS).