Economia

Atividade de serviços dos EUA desacelera para mínima em 3 anos

ISM divulgou que seu índice de atividade de serviços caiu para 52,6 em setembro, ante 56,4 no mês anterior

Nova York: economia norte-americana tem mostrado sinais de desaceleração (Pawel Gaul/Getty Images)

Nova York: economia norte-americana tem mostrado sinais de desaceleração (Pawel Gaul/Getty Images)

R

Reuters

Publicado em 3 de outubro de 2019 às 12h43.

Última atualização em 3 de outubro de 2019 às 13h42.

São Paulo — O crescimento do setor de serviços dos Estados Unidos desacelerou para seu ritmo mais lento em três anos em setembro, em meio a preocupações crescentes com tarifas, no mais recente sinal de que as tensões comerciais estão corroendo o avanço econômico.

Contudo, apesar dos riscos crescentes de uma recessão, a economia provavelmente permanece em uma trajetória de crescimento moderado.

Outro relatório mostrou que o número de norte-americanos que solicitaram auxílio-desemprego aumentou apenas marginalmente no mês passado. A força do mercado de trabalho, que dá suporte aos gastos dos consumidores, está impulsionando a mais longa expansão econômica da história dos EUA, agora em seu 11º ano.

O ISM divulgou que seu índice de atividade de serviços caiu para 52,6 em setembro, ante 56,4 no mês anterior. A leitura ficou abaixo das expectativas de 55,0 de uma pesquisa da Reuters com 67 economistas, e foi a mais baixa desde agosto de 2016.

Uma leitura acima de 50 indica expansão no setor de serviços - responsável por mais de dois terços da atividade econômica dos EUA - e uma leitura abaixo de 50 indica contração.

O ISM disse que as empresas "estão preocupadas principalmente com tarifas, recursos trabalhistas e a direção da economia".

O ISM informou na terça-feira que sua leitura da atividade manufatureira dos EUA caiu em setembro para o nível mais baixo desde junho de 2009, quando a crise mundial estava terminando.

As novas encomendas de produtos fabricados nos Estados Unidos recuaram em agosto e os gastos empresariais com equipamentos foram muito mais fracos do que o imaginando inicialmente.

Em dado separado, o Departamento do Trabalho norte-americano disse que os pedidos iniciais de auxílio-desemprego nos EUA aumentaram em 4 mil, para 219 mil em dado ajustado sazonalmente na semana encerrada em 28 de setembro.

Economistas consultados pela Reuters previam que os pedidos aumentariam para 215 mil na última semana.

Acompanhe tudo sobre:Estados Unidos (EUA)Serviços

Mais de Economia

Manifestantes se reúnem na Avenida Paulista contra escala 6x1

Presidente do Banco Central: fim da jornada 6x1 prejudica trabalhador e aumenta informalidade

Ministro do Trabalho defende fim da jornada 6x1 e diz que governo 'tem simpatia' pela proposta

Queda estrutural de juros depende de ‘choques positivos’ na política fiscal, afirma Campos Neto