Em 12 meses encerrados em junho, o superávit primário chegou a R$ 68,528 bilhões, o que corresponde a 1,36% do PIB (Wilson Dias/ABr)
Da Redação
Publicado em 31 de julho de 2014 às 13h49.
Brasília - Os resultados das contas públicas em maio e em junho tornam mais difícil atingir a meta de superávit primário - economia para o pagamento de juros da dívida, este ano. A avaliação é do chefe do Departamento Econômico do Banco Central (BC), Tulio Maciel.
Segundo dados do BC divulgados hoje (31), o setor público consolidado - governos Federal, estaduais e municipais e empresas estatais - registrou déficit primário de R$ 2,1 bilhões, em junho, o primeiro para o mês, e de R$ 11,046 bilhões, em maio. Em 12 meses encerrados em junho, o superávit primário chegou a R$ 68,528 bilhões, o que corresponde a 1,36% do Produto Interno Bruto (PIB), soma de todos os bens e serviços produzidos no país. A meta para o setor público, este ano, é 1,9% do PIB.
“Obviamente o déficit de maio e junho tornam o atingimento da meta mais distante, mais difícil. Exigirá um esforço maior do governo para obte-la, mas não significa que não será atingida”, disse Maciel. Para o chefe do Departamento Econômico, o Tesouro Nacional - responsável pela execução do orçamento, está trabalhando no sentido de atingir a meta.
Maciel acrescentou que em maio e em junho houve menor arrecadação de receitas pelo governo e o impacto de desonerações feitas pelo governo foi cerca de R$ 50 bilhões. Outro fator é a moderação na atividade econômica, que reduz a arrecadação de impostos. Maciel argumentou ainda que o governo aumentou gastos com investimentos, o que ambém causou impacto no resultado das contas públicas.