Economia

Atento a fuga de capitais, Japão pede à China que vá devagar

Após turbulências no mercado, a China parece agora estar em uma conjuntura crítica com as saídas de capital


	Iuane: a China parece agora estar em uma conjuntura crítica com as saídas de capital
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Iuane: a China parece agora estar em uma conjuntura crítica com as saídas de capital (Arquivo)

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Da Redação

Publicado em 16 de novembro de 2015 às 09h37.

Tóquio - O Japão expressou preocupação com a China sobre o ritmo das saídas de capital do país e sugeriu que Pequim aja bem lentamente na reforma de seu sistema cambial para evitar repetir os erros do Japão no passado.

Após turbulências no mercado, a China parece agora estar em uma conjuntura crítica com as saídas de capital chegando a centenas de bilhões de dólares e com Pequim recorrendo pesado am suas reservas cambiais para compensar o impacto do dinheiro que sai do país.

A desvalorização de mais de 40 por cento nas ações em questão de poucos meses e a inesperada desvalorização do iuan agiram como um lembrete da rapidez com que Pequim pode perder o controle de seus mercados se agir muito rapidamente para se abrir às forças do mercado, disseram autoridades japonesas.

"O ritmo das saídas de capital é alarmante", disse uma autoridade sênior com conhecimento sobre a diplomacia cambial do Japão. "Se o sistema financeiro da China está desestabilizado, o efeito sobre o Japão e o resto da Ásia será enorme."

Publicamente, autoridades japonesas pediram à China que prossiga com a reforma e expressaram confiança de que Pequim tem as ferramentas e conhecimento para isso.

Mas, privativamente, adotaram um tom diferente, alertando Pequim contra agir muito rápido para liberalizar o iuan quando grandes saídas de capital podem tornar a moeda alvo de especuladores.

O Japão transmitiu suas preocupações a autoridades chinesas em várias reuniões este ano, incluindo a reunião dos líderes financeiros do G20 na Turquia em setembro.

A China deu um grande passo na direção da internacionalização da sua moeda na sexta-feira, quando a equipe do Fundo Monetário Internacional (FMI) e a diretora-gerente do fundo, Christine Lagarde, endossaram a inclusão do iuan em sua cesta de divisas. (Reportagem adicional de Kazunori Takada e Tetsushi Kajimoto)

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