Fertilizantes no Brasil (Mosaic/Facebook/Divulgação)
Reuters
Publicado em 29 de agosto de 2017 às 13h35.
São Paulo - O Brasil continuará sendo o principal "player" do mercado de fertilizantes na América Latina pelo menos até 2021, mantendo-se como grande importador, embora haja um potencial de expansão significativo para outras nações da região, afirmou nesta terça-feira a diretora-geral da Associação Internacional de Fertilizantes (IFA, na sigla em inglês), Charlote Hebebrand.
"O grande player continua sendo o Brasil, mas o escopo é grande para crescimento em outros países americanos. A Argentina é um importante mercado, mas nunca terá o mesmo tamanho do Brasil, porque suas terras são mais ricas que as brasileiras", explicou ela no intervalo do 7° Congresso Brasileiro de Fertilizantes, em São Paulo.
"O México também é um país interessante, pois o consumo de fertilizantes por lá ainda é muito baixo", acrescentou.
Citando projeções da IFA, Hebebrand disse que o consumo de ureia no Brasil deverá saltar de 3,5 milhões de toneladas em 2011 para cerca de 8 milhões de toneladas até 2021 --a entidade trabalha com perspectivas de médio prazo.
Com relação ao fosfato, a demanda brasileira deverá sair de 5 milhões de toneladas em 2011 para 6 milhões de toneladas em 2021, enquanto a de potássio tende a crescer de 8 milhões para 10,5 milhões de toneladas no mesmo período.
Ainda assim, Hebebrand disse esperar que o Brasil permaneça como uma grande importador de fertilizantes --atualmente, o país compra no exterior 80 por cento de suas necessidades.
A diretora não deu perspectivas de percentuais de importações totais de fertilizantes do país nos próximos anos.
O componente mais importado atualmente é o potássio, com 95 por cento da oferta vindo de fora. Para o nitrogênio e para o fosfato, esses percentuais são de 80 por cento e 55 por cento, respectivamente.