São Paulo - Nesta semana, o Iraque mergulhou novamente no caos.
Mossul, a segunda maior cidade do país, caiu sob o poder dos militantes sunitas do EIIL (sigla de Estado Islâmico do Iraque e do Levante).
O aumento da violência é um duro golpe contra uma economia que se multiplicou 7 vezes - de US$ 36 bilhões para US$ 215 bilhões -desde a invasão pelos Estados Unidos (e retirada de Saddam Hussein) em 2003.
O Iraque cresceu mais de 9% em 2011 e 2012. No ano passado, a taxa caiu pela metade, mas a perspectiva era de uma nova aceleração este ano. Enquanto isso, a inflação e o desemprego estão em níveis historicamente baixos.
Petróleo
A economia iraquiana e sua boa fase podem ser resumidas em uma palavra: petróleo. O Iraque tem a 5ª maior reserva do mundo, mas havia passado décadas desperdiçando seu potencial com conflitos e isolamento internacional.
Entre 1980 e 1988, o país lutou uma guerra contra o Irã. Em 1990, invadiu o Kuwait, o que deflagrou a Guerra do Golfo e levou a mais de duas décadas de sanções. A invasão em 2003 arrasou com a infraestrutura e deixou centenas de milhares de mortos, mas marca o início de uma novo momento do país.
As sanções foram suspensas, US$ 60 bilhões foram gastos em uma década de reconstrução e companhias chinesas e americanas do porte da Chevron e da Exxon Mobil entraram no país.
Em abril deste ano, a produção de óleo cru chegou a uma média de 3,3 milhões de barris por dia - níveis não vistos desde os anos 70.
Por enquanto, os grandes campos do sul continuam intocados pelos militantes, mas a tensão já foi suficiente para fazer o preço do petróleo disparar.
A violência também deve levar a um aumento de gastos de segurança do governo, cuja sobrevivência seria ameaçada diretamente pela tomada dos campos: 90% das receitas oficiais vem do petróleo.
Não que a fraqueza das instituições e a violência já não fossem preocupações. O país ficou em 165º na última edição do ranking do Banco Mundial que mede a facilidade para fazer negócios - e a julgar pelos últimos acontecimentos, a coisa ainda pode piorar muito antes de melhorar.
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1. Senhores do petróleo
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1/22 (REUTERS/Atef Hassan)
São Paulo – As reservas globais de
petróleo provadas atingiram 1.668,9 bilhões de barris no final de 2012, quantidade suficiente para garantir exatos 52 anos e 9 meses de produção mundial de
energia. Os dados são da
edição 2013 do relatório estatístico anual da BP, documento de referência para o setor. Segundo o estudo, ao longo da última década, as reservas globais de petróleo cresceram 26%. Os países da Opep continuam a dominar o ranking, controlando 72,6% das reservas mundiais. Atualmente, o
Brasil ocupa a 15ª colocação do ranking. Levando em conta as estimativas conservadoras, que apontam que o
pré-sal possui reservas da ordem de pelo menos 60 bilhões de barris de petróleo, o país tem chances de entrar para a lista das 10 maiores potências petrólíferas até 2030, ultrapassando Estados Unidos e Líbia.
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2. 1º - Venezuela
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2/22 (Getty Images)
Participação mundial: 17,8% Reservas provadas em 2012: 297.6 bilhões de barris Reservas provadas em 2002: 77.3 bilhões de barris Crescimento em 10 anos: 285%
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3. 2º - Arábia Saudita
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3/22 (Wikimedia Commons)
Participação mundial: 15.9% Reservas provadas em 2012: 265.9 bilhões de barris Reservas provadas em 2002: 2562.8 bilhões de barris Crescimento em 10 anos: 1,2%
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4. 3º - Canadá
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4/22 (Getty Images)
Participação mundial: 10.4% Reservas provadas em 2012: 173.9 bilhões de barris Reservas provadas em 2002: 180.4 bilhões de barris Crescimento em 10 anos: - 3,6%
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5. 4º - Irã
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5/22 (Essam Al-Sudani/AFP)
Participação mundial: 9,4% Reservas provadas em 2012: 157.0 bilhões de barris Reservas provadas em 2002: 130.7 bilhões de barris Crescimento em 10 anos: 20,1%
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6. 5º - Iraque
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6/22 (Getty Images)
Participação mundial: 9.0% Reservas provadas em 2012: 150 bilhões de barris Reservas provadas em 2002: 115 bilhões de barris Crescimento em 10 anos: 30,4%
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7. 6º - Kuwait
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7/22 (Getty Images)
Participação mundial: 6,1% Reservas provadas em 2012: 101.5 bilhões de barris Reservas provadas em 2002: 96.5 bilhões de barris Crescimento em 10 anos: 5,2%
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8. 7º - Emirados Árabes Unidos
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8/22 (Wikimedia Commons)
Participação mundial: 5,9% Reservas provadas em 2012: 97.8 bilhões de barris Reservas provadas em 2002: 97.8 bilhões de barris Crescimento em 10 anos: não houve
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9. 8º - Rússia
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9/22 (REUTERS/Shannon Stapleton)
Participação mundial: 5.2% Reservas provadas em 2012: 87.2 bilhões de barris Reservas provadas em 2002: 76.1 bilhões de barris Crescimento em 10 anos: 14,6%
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10. 9º - Líbia
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10/22 (Getty Images)
Participação mundial: 2.9% Reservas provadas em 2012: 48 bilhões de barris Reservas provadas em 2002: 36 bilhões de barris Crescimento em 10 anos: 33%
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11. 10º - Nigéria
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11/22 (Getty Images)
Participação mundial: 2,2% Reservas provadas em 2012: 37.2 bilhões de barris Reservas provadas em 2002: 34.3 bilhões de barris Crescimento em 10 anos: 8,5%
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12. 11º - Estados Unidos
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12/22 (.)
Participação mundial: 2,1% Reservas provadas em 2012: 35 bilhões de barris Reservas provadas em 2002: 30.7 bilhões de barris Crescimento em 10 anos: 14%
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13. 12º - Cazaquistão
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13/22 (Getty Images)
Participação mundial: 1.8% Reservas provadas em 2012: 30 bilhões de barris Reservas provadas em 2002: 5.4 bilhões de barris Crescimento em 10 anos: 455%
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14. 13º - Catar
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14/22 (Getty Images)
Participação mundial: 1,4% Reservas provadas em 2012: 23.9 bilhões de barris Reservas provadas em 2002: 27.6 bilhões de barris Crescimento em 10 anos: - 13,4%
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15. 14º - China
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15/22 (Getty Images)
Participação mundial: 1% Reservas provadas em 2012: 17.3 bilhões de barris Reservas provadas em 2002: 15.5 bilhões de barris Crescimento em 10 anos: 11,6%
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16. 15º - Brasil
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16/22 (REUTERS/Bruno Domingos)
Participação mundial: 0.9% Reservas provadas em 2012: 15.3 bilhões de barris Reservas provadas em 2002: 9.8 bilhões de barris Crescimento em 10 anos: 56,1%
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17. 16º - Angola
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17/22 (Atta Kenare/AFP)
Participação mundial: 0,8% Reservas provadas em 2012: 12.7 bilhões de barris Reservas provadas em 2002: 8.9 bilhões de barris Crescimento em 10 anos: 42,7%
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18. 17º - Argélia
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18/22 (Getty Images)
Participação mundial: 0,7% Reservas provadas em 2012: 12.2 bilhões de barris Reservas provadas em 2002: 11.3 bilhões de barris Crescimento em 10 anos: 8 %
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19. 18º - México
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19/22 (Getty Images)
Participação mundial: 0,7 % Reservas provadas em 2012: 11.4 bilhões de barris Reservas provadas em 2002: 17.2 bilhões de barris Crescimento em 10 anos: - 33,7%
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20. 19º - Equador
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20/22 (Divulgação)
Participação mundial: 0,5% Reservas provadas em 2012: 8.2 bilhões de barris Reservas provadas em 2002: 5.1 bilhões de barris Crescimento em 10 anos: 60%
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21. 20º - Noruega
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21/22 (Getty Images)
Participação mundial: 0,4% Reservas provadas em 2012: 7.5 bilhões de barris Reservas provadas em 2002: 10.4 bilhões de barris Crescimento em 10 anos: - 27,9%
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22. Pode respirar fundo
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22/22 (Getty Images)